Foto Hernâni Von Doellinger |
domingo, 30 de julho de 2023
Igreja nova, pecados velhos
sábado, 29 de julho de 2023
Fafe e os seus exageros
Fafe é uma redundância. Porque se Fafe fosse Faf, já estava tudo dito, e com três letrinhas apenas.
sexta-feira, 28 de julho de 2023
O que eu sei de Alberto Feijóo
quinta-feira, 27 de julho de 2023
quarta-feira, 26 de julho de 2023
Troca-se neto por cão!
Não é metáfora política. É a vida. No Porto ou em Fafe. Em Cima da Arcada ou no Jardim do Calvário.
O esperanto em português suave
Ah!, já sei: o turista estrangeiro. Portanto, o turista estrangeiro abeirou-se do vendedor de óculos português e perguntou: - The glasses, how much?... (Estão a ver como eu tinha razão? Era ou não era um turista estrangeiro?).
Foi um clique, um cagagésimo de segundo bastou para que o rapidíssimo cérebro do nosso vendedor português formatasse "é inglês, pois então vamos a isso" e mudasse imediatamente de registo, fazendo um entre parênteses na língua do Camões e virando-se para Shakespeare. Cheio de segurança e enorme poliglotismo, respondeu ao camone, marcando ostensivamente as sílabas no mais escorreito acento cockney: - Quali? Quali qui tu quieres?...
terça-feira, 25 de julho de 2023
Mais dois fafenses para o mundo
David Teixeira e Eduardo Costa, jovens jogadores do Andebol Clube de Fafe, vão representar Portugal no Mundial de Andebol de Sub-19, que decorrerá na Croácia de 2 a 13 de Agosto. Na selecção nacional, entre os melhores dos melhores do mundo, mais dois fafenses excelentíssimos.
Um pirolito pra mim, um pirulito pra ti
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Por causa de uma ateima...
E aquela tradição tão fafense da ateima? Era. Em Fafe ateimava-se por tudo e por nada, sabia-se de tudo, discutia-se tudo, afirmava-se tudo, contrariava-se tudo, apostava-se em tudo e no seu oposto. Por nada, e por uma questão de princípio, mas às vezes também por dinheiro. Era mais um jogo, numa terra viciada nisso mesmo, no jogo. Um jogo como o Totobola e a Lotaria da Santa Casa da Misericórdia, o nosso jogo da ateima, como o bilhar e os flippers do Peludo ou o pilas do Serafim Lamelas ou a batota no Club e no Fernando da Sede, isto para não falar nos sorteios da itinerante associação de invisuais, ainda os invisuais não tinham vergonha de serem cegos, e nas rifas da Comissão de Auxílio. Futebol e política, Deus e o Diabo, vinhos e petiscos, carros, gajas e motorizadas, pré-congelados e piratas, caça e pesca, pistolas, espingardas e canhões de Navarone, gramática e escafandrismo, meteorologia e teoria da relatividade, grandes escritores e livros nunca lidos, países e bandeiras do mundo, chá de cidreira e actores de Hollywood, rácios bolsistas e festival da canção, bandas de música e ranchos folclóricos, a cor dos olhos de Brigitte Bardot e a cor de burro quando foge - era só escolher. Fosse qual fosse o tema, éramos teimosos, tínhamos opiniões, pontos de vista, prismas, ópticas, enfoques, perspectivas e até ângulos, cismas, birras e finca-pés, exageros de verde tinto e cerveja a copo que encorajavam certezas absolutas e desencontradas. E faltava dizer isto: a coisa passava-se realmente em tascos e cafés. Sobretudo.
O Google ainda não tinha sido inventado, e portanto ligavam-me a mim, primeiro para o jornal e depois para o telemóvel, quando o telemóvel finalmente apareceu. Após a invenção do Google, ligavam-me na mesma, porque há coisas que eu sei e o Google não sabe. Ligavam-me, "Nane, por causa de uma ateima"...
domingo, 23 de julho de 2023
sábado, 22 de julho de 2023
O borra-botas e o cagão
Borra-botas, o substantivo, posto que começou por significar, inocentemente, engraxador, ou, sejamos compreensivos, engraxador desastrado, espécie de expressionista abstracto do rez-de-chaussée, é nome que hoje em dia define indivíduo sem valor, pessoa insignificante, reles, desprezível, safardana, bisbórria, biltre, patife, salafrário, bigorrilha, pulha, bandalho, pobre diabo, trapalhão, troca-tintas, zé-ninguém, zé-dos-anzóis, zero-à-esquerda.
Debrucemo-nos agora sobre o cagão. O cagão é, para início de conversa, o indivíduo que defeca com entusiástica frequência e notoriedade, ou, se for em Fafe, a criatura que se peida regularmente e por uma questão de princípio, mas o termo passou também a servir para identificar o homem medroso, caguinchas, medricas, cagarola, ou, por outro lado, o vaidoso, o presunçoso, o arrogante, o snobe, o pedante, o gabarola, o armante, o enfatuado, o figurão, o tem-a-mania. E este é que é o ponto...
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Entre o "gourmet" e a estrumeira
Estas lojinhas abrem mas não vendem nada. Abrem por abrir. E sobretudo fecham. Fecham muito bem. São "regionais" porém franchising, very tipical e very vazias, de produtos e clientes. O toque de "qualidade" é dado em palavras "estrangeiras", o que só abona a favor do produto made in Portugal. A loja da minha rua tinha primeiro uma menina, que passava a vida na ombreira da porta a fumar, a fumar, a fumar. E de repente hibernou. A loja. Mês e meio depois reabriu, já sem a menina mas com um rapaz. Que passava a vida na ombreira da porta a fumar, a fumar, a fumar. Nas costas, os dois presuntos pendurados no cabide tisicavam e agradeciam - e assim se produz o genuíno fumeiro nacional.
Passou-se uma semana e a lojinha encerrou de vez: veio uma carrinha limpar as escanzeladas prateleiras, três sacos de plástico bastaram e lá se foi mais um posto de trabalho, por assim dizer, que é o que a mim me importa. Fico infeliz por ter razão: o conceito era realmente uma treta. Esta gente não sabe o que é massa com bacalhau e o prato a esbordar...
Entretanto. Antes e depois da sua lastimável fase "regional gourmet", a lojinha do outro lado da minha rua foi quase tudo, por breves temporadas e com fracasso garantido. Butique de média costura, sapataria fina, loja de animais, bijuteria e outras inutilidades, escritório, despensa, garrafeira e outros souvenirs, recepção de alojamento local e até agência de viagens que nunca abriu, mas a mim cheirou-me sempre ao mesmo: lavandaria de dinheiro.
Nem de propósito, a lojinha é agora um posto de lavagem self-service para cães. E na porta ao lado abriu um estabelecimento para venda de "cannabis legal" e outros "produtos derivados de cânhamo", como, por exemplo, "creme de avelãs para barrar". Reconheço a mudança de paradigma: são dois negócios com irreprimíveis potencialidades. Vejo-lhes futuro. Principalmente ao dos cães, porque nasceu no tempo e no país certos. Um tempo e um país em que os animais são de estimação, mas as pessoas não. Já quanto à canábis, vamos lá ver: não sei se o pessoal aqui da zona não andará de momento mais interessado em algo, como é que se diz, mais pesado e ilegal, vá lá...
E sabem que mais? Sou de Fafe e sou da terra. Mas moro em Matosinhos, na famosa zona dos restaurantes e marisqueiras, que se acotovelam porta a porta. Pensava portanto que não lembraria ao diabo o próprio diabo estabelecer-se aqui no meu território com uma dessas autoproclamadas hamburguerias gourmet, mas a alguém lembrou. Quando, ainda de vidros tapados, vi cá fora os letreiros, pensei: isto nem sequer vai abrir. Mas abriu, e tornei a pensar: daqui a quantos dias é que isto vai fechar? Porque a verdade é esta: não sei o que tenho, mas o gourmet não se dá à minha beira, e juro que a culpa não é minha. Evidentemente não o frequento, mas, tirando isso, mais nada...
Fui espreitando o estabelecimento. As única vezes que vi "clientela" lá dentro, os "clientes" eram o pessoal da casa, à mesa, comendo a sopinha. Até que um dia, talvez nem um mês decorrido, fatal como o destino e com ponto de exclamação e tudo, lá estava afixado o aviso na porta fechada: "Trespasse!"...
E foi o fim.
quinta-feira, 20 de julho de 2023
O melhor amigo
quarta-feira, 19 de julho de 2023
Eram pobres e tinham dono
Virtudes teologaisFé, esperança e caridade.A fé move montanhas.A esperança é a última a morrer.E a caridade tem dias.
Antigamente a caridade tinha dia certo e era um descanso. Pelo menos em Fafe. Às sextas-feiras, vamos supor, os pobres manquelitavam de porta em porta pedindo "uma esmolinha por alma de quem lá tem". Os pobres da parte de fora da porta eram uns desgraçados muito rotos e muito sujos e eram assim para se distinguirem dos pobres da parte de dentro da porta, que já tinham em cima da "cristaleira" umas moedinhas negras separadas e preparadas para a função. Éramos todos pobres, dum e doutro lado da porta, uns mais, outros menos, e, à falta de quem governasse por nós, em Lisboa ou na Câmara, porque ainda não havia Europa, nada mais nos restava senão sermos uns para os outros. Às sextas-feiras, vamos supor. O resto da semana, não.
(A "cristaleira" tinha sido comprada em terceira mão e paga em honradas prestações mensais.)
Naquele tempo os ricos tinham os seus próprios pobres, privativos, pessoais porém transmissíveis. Os pobres eram deixados em herança. Ter pobres por conta era, pelo menos em Fafe, inequívoco sinal exterior de riqueza. Os pobres eram exibidos, bastas vezes à porta da igreja, como gado preso à argola do tasco em dia de moscas e feira semanal. Para o senso comum, quantos mais pobres alguém tivesse, mais rico era. Os pobres eram, portanto, uma medida de riqueza e uma necessidade da Nação para que os ricos prosperassem. Quantos mais pobres Portugal tivesse e quanto mais pobres fossem os pobres portugueses, mais ricos seriam os nossos ricos, e isso certamente era bom para o Produto Interno Bruto.
Isto é: a pobreza convinha-nos, aos pobres. A pobreza era o progresso da Nação. O regime ensinava-nos desde os bancos da escola que felicidade era sermos pobres mas honrados e termos as unhas das mãos sempre limpas. E isso deixava-me cheio de pena dos ricos, infelizes, principalmente dos ricos muito ricos que ainda por cima tinham as mãos sujas.
(Os ricos, pelo menos os de Fafe, não davam a roupa nem o calçado que já não lhes serviam. Vendiam a roupa e o calçado, a pronto, aos pobres da parte de dentro da porta. Vendiam. Os pobres da parte de dentro da porta, passados alguns meses de uso, davam aos pobres da parte de fora da porta a roupa e o calçado que tinham comprado a pronto aos ricos. Davam. Às sextas-feiras, vamos supor. O resto da semana, não.)
Graças a Deus, isto era só antigamente.
terça-feira, 18 de julho de 2023
O fafense João Ubaldo Ribeiro
A esse respeito. Em 2008, no foguetório pós-Prémio Camões, a Câmara de Fafe, então presidida por José Ribeiro, prometeu "futuramente" uma rua ao nome de João Ubaldo Ribeiro e ao próprio, que teve a amabilidade de agradecer antecipadamente o rapapé a haver. Sinceramente, não sei se a autarquia fafense já cumpriu a promessa, passados apenas estes quinze anos, e nove anos após a morte de Ubaldo, hoje cumpridos. Isto é, eu procurei a rua e não a encontrei. Procurei rua, avenida, praça, praceta, alameda, travessa, viela, bairro, urbanização, rotunda, campo, jardim e até sala e auditório, mas nada! Melhor dizendo, encontrei realmente a Rua João Ubaldo Ribeiro, mas em Aracaju, no Brasil, que não me dá jeito nenhum. Estarei a procurar mal? Alguém me pode ajudar?
E entretanto aqui deixo este mimo do nosso João Ubaldo Ribeiro, tirado com todo o respeito de "Viva o Povo Brasileiro":
Deitava-se um velho morto ao pé da imagem e, depois de ela suar, sangrar ou demonstrar esforço igualmente estrênuo, o defunto, para grande aborrecimento seu e da família, principiava por ficar inquieto e terminava por voltar para casa vivo outra vez, muitíssimo desapontado. Assim, não se pode alegar que os padres só obtiveram êxitos, mas conseguiram bastante de útil e proveitoso, apesar de tudo isso haver piorado os sofrimentos da cabeça do caboco Capiroba.
De manhã, assim que o sol raiava, punham as mulheres em fila para que fossem à doutrina. Depois da doutrina das mulheres, que então eram arrebanhadas para aprender a tecer e fiar para fazer os panos com que agora enrolavam os corpos, seguia-se a doutrina dos homens, sabendo-se que mulheres e homens precisam de doutrinas diferentes. Na doutrina da manhã, contavam-se histórias loucas, envolvendo pessoas mortas de nomes exóticos.
Sensibilidade e bom senso
P.S. - Jane Austen, autora de "Sensibilidade e Bom Senso" e "Orgulho e Preconceito", morreu no dia 18 de Julho de 1817. Tinha 41 anos.
domingo, 16 de julho de 2023
Cobras e lagartos
sábado, 15 de julho de 2023
Homem que é homem coça-os
sexta-feira, 14 de julho de 2023
O calor dilata os copos
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Era o tempo das cervejas
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Comida, carros, gajas e... motorizadas
terça-feira, 11 de julho de 2023
Ia-se a São Bentinho
Anos depois, o meu filho era criança e apareceu-lhe um cravo numa pálpebra. Uma vez a minha avó viu, pediu-me licença e disse que ia falar com São Bentinho sobre o assunto. Quando queria falar com São Bentinho, a minha doce avó Emília ia pessoalmente, a pé, ainda mais pequerricha e ainda mais velhinha, desde Passos, Cabeceiras de Basto, até Rio Caldo, em Terras de Bouro, onde o santo morava. O cravo desapareceu.
A minha avó era uma santa. Se eu puxasse pela cabeça, tenho a certeza de que me lembraria de um terceiro e definitivo milagre da minha avó em promessa com São Bentinho, mas não quero arranjar problemas ao Vaticano.
O Vaticano tem muito mais que fazer do que ocupar-se com a comezinha história da Bó de Basto, que, cada vez mais velhinha e e cada vez mais pequerricha, continuava a ir a pé entender-se pessoalmente com São Bentinho sempre que era preciso - até morrer. O Vaticano tem coisas muito mais importantes a tratar, e mesmo assim não trata, que faria se tivesse de tomar conta do assunto da minha avó...
Ir a São Bentinho, era assim que se dizia em Fafe. E queria dizer: ir a pé ao Santuário de São Bento da Porta Aberta, considerado o segundo maior santuário português. Ia-se geralmente em promessa, em pequenos ou grandes grupos, numa peregrinação de uma noite, por estrada, carreiros, atalhos e montes. Havia sempre um guia. O do grupo do Santo Velho, que acolhia alegremente povo doutros lados - da Fábrica do Ferro, do Retiro, da Ponte do Ranha, da Pegadinha ou da Granja, de onde calhasse, sem discriminação -, era o imprescindível Agostinho Cachada, que conhecia o melhor caminho, ele e só ele. Saía-se de Fafe ao fim da tarde e chegava-se lá acima, ao São Bentinho, ao amanhecer do dia seguinte. Acertavam-se contas, velas, esmolas, orações, às vezes de joelhos à roda da igreja, e tornava-se a casa, naquele tempo, de camioneta de carreira. Havia quem fosse uma vez por ano, todos os anos. Havia quem fosse várias vezes por ano, todos os anos. Consoante as necessidades e o tamanho da gratidão de cada qual. E havia quem fosse apenas por turismo ou simplesmente por namoro, que decerto também não seria pecado...
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Há canábis na minha rua
Estas lojinhas abrem mas não vendem nada. Abrem por abrir. E sobretudo fecham. Fecham muito bem. São "regionais" porém franchising, very tipical e very vazias, de produtos e clientes. O toque de "qualidade" é dado em palavras "estrangeiras", o que só abona a favor do produto made in Portugal. A loja da minha rua tinha primeiro uma menina, que passava a vida na ombreira da porta a fumar, a fumar, a fumar. E de repente hibernou. A loja. Mês e meio depois reabriu, já sem a menina mas com um rapaz. Que passava a vida na ombreira da porta a fumar, a fumar, a fumar. Nas costas, os dois presuntos pendurados no cabide tisicavam e agradeciam - e assim se produz o genuíno fumeiro nacional.
Passou-se uma semana e a lojinha encerrou de vez: veio uma carrinha limpar as escanzeladas prateleiras, três sacos de plástico bastaram e lá se foi mais um posto de trabalho, por assim dizer, que é o que a mim me importa. Fico infeliz por ter razão: o conceito era realmente uma treta. Esta gente não sabe o que é massa com bacalhau e o prato a esbordar...
Entretanto. Antes e depois da sua lastimável fase "regional gourmet", a lojinha do outro lado da minha rua foi quase tudo, por breves temporadas e com fracasso garantido. Butique de média costura, sapataria fina, loja de animais, bijuteria e outras inutilidades, escritório, despensa, garrafeira e outros souvenirs, recepção de alojamento local e até agência de viagens que nunca abriu, mas a mim cheirou-me sempre ao mesmo: lavandaria.
Nem de propósito, a lojinha é agora um posto de lavagem self-service para cães. E na porta ao lado abriu um estabelecimento para venda de "cannabis legal" e outros "produtos derivados de cânhamo", como, por exemplo, "creme de avelãs para barrar". Reconheço a mudança de paradigma: são dois negócios com irreprimíveis potencialidades. Vejo-lhes futuro. Principalmente ao dos cães, porque nasceu no tempo e no país certos. Um tempo e um país em que os animais são de estimação, mas as pessoas não. Já quanto à canábis, vamos lá ver: não sei se o pessoal aqui da zona não andará de momento mais interessado em algo, como é que se diz, mais pesado e ilegal, vá lá...
P.S. - Hoje é Dia Mundial da Pizza. E Fafe, que já aderiu ao workshopping, ao showcasing, ao showcooking, à street fooding e certamente também ao brunching e ao gourmeting, prepara-se para receber o seu primeiro McDonald's.
Eram uns pândegos os antigos
domingo, 9 de julho de 2023
Anjinhos, não!
Deveria querer dizer alguma coisa a nosso respeito, agora que penso nisso, mas não sei se diz. Já repararam, certamente. Não há procissão no mundo que leve tanto povo como a procissão da Senhora de Antime, em Fafe. Um mar de gente, povo a rebentar pelas costuras, sem espaço sequer para descruzar os braços e coçar repentinas aflições. Isso, povo em barda e de todos os feitios. Nós. O povo da terra, inteiro e simples. Mas anjinhos, não...
sábado, 8 de julho de 2023
À Lagardère
P.S. - O escritor francês Jean de La Fontaine, autor das "Fábulas", nasceu no dia 8 de Julho de 1621.
O tempo é o melhor remédio?
- Com efeito, meu caro senhor - respondeu-me o solícito farmacêutico, sem sequer pestanejar.
- E o efeito é garantido? - insisti, pestanejando.
- Cinco anos ou 150 mil quilómetros.
- E tem genérico?
O mal dos gelados é serem tão frios
sexta-feira, 7 de julho de 2023
Quando Fafe foi aos touros
A tourada, segundo me lembro, e confesso que continuo sem perceber como é que me lembro, foi uma merda. Compreendo portanto que a autarquia fafense vire as suas modernas prioridades para outras lides. Para as chegas de bois, para as largadas de perdizes, para as montarias ao javali, para as exposições e concursos de beleza canina ou columbófila, para as corridas de cavalo a passo travado e de salto alto, para as batidas à raposa, que é o que nos faz falta. Um destes dias ainda tornaremos, se Deus quiser, à nossa ancestral porém nunca desmentida caça aos gambozinos, com organização camarária, estacionamento gratuito, pequeno-almoço, almoço, merenda, jantar e tudo. Tenho uma fé muito grande nos nossos conspícuos guiadores e guiadoras, quem dera que não chova, e olé!
quinta-feira, 6 de julho de 2023
Um grande nome nas festas
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Arte têxtil no Arquivo Municipal
Lãnolinho, exposição de arte têxtil contemporânea, é inaugurada depois de amanhã, sexta-feira, 7 de julho, às 17 horas, no Arquivo Municipal de Fafe. A mostra, aberta ao público até 30 de Setembro, resulta das residências artísticas desenvolvidas pelas artistas Cindy Steiler e Mónica Faria no território de Fafe e suas comunidades. Mais informação, aqui.
terça-feira, 4 de julho de 2023
Fafe e o garibaldismo
segunda-feira, 3 de julho de 2023
Os dias da Senhora de Antime
domingo, 2 de julho de 2023
Festa da Lua Cheia em Luilhas
sábado, 1 de julho de 2023
Piada fina
P.S. - Hoje é Dia Internacional da Piada.
Maxismo, cooperativismo e restauração
Pilas a sério era em Fafe
No tempo em que Fafe era o Largo com árvores e os fafenses eram todos bons rapazes, "os" 16 de Maio e a Senhora de Antime eram fes...
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Foto Hernâni Von Doellinger A minha rua era um largo. Santo Velho, como lhe chamavam os antigos, ou apenas Santo, como lhe chamávamos nós os...
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O grande Costeado. João Costeado, que, vem hoje nos jornais , regressa ao seu Vitória de Guimarães para tomar conta da braçadeira que o trei...
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A ciência ainda não encontrou uma resposta plausível e, pelo menos, isenta de misoginia: porque é que os ovos de galo são maiores do que os ...