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sábado, 13 de setembro de 2025

E a Super Bock secou na ilha do Sal

Ouço Tiago Nacarato no rádio. Canta "A Dança". Diz: "Mesmo que se acabe o stock / Da tão bem-vinda Super Bock / A vida é boa / A vida é tão boa / A vida é mesmo boa de se levar."
E lembro-me do Verão de 1990, na ilha do Sal, Cabo Verde. Agosto passava para Setembro, e a Super Bock esgotou literalmente em toda a ilha. Fui eu.

P.S. - O primeiro voo a jacto entre Lisboa e a ilha do Sal, num Boeing 727, aconteceu no dia 13 de Setembro de 1967. Lembro-me praticamente, mas não fui nesse...

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Era o tempo das cervejas

Uma vez, em pleno pino de Verão, de férias, passeei Lisboa durante um dia inteiro sem beber uma cerveja, e bem era o tempo delas. Bati as capelas todas e até agremiações culturais. Entrava aqui, entrava ali, e pedia "Uma Super Bock, se faz favor!", ou perguntava "Por favor, a imperial é Super Bock?", que não há e que não é - era Sagres e Sagres, respondiam-me invariavelmente, como se estivessem todos ensaiados e me conhecessem de algum lado e não me gramassem. Só Sagres. Super Bock, nada. Bebi água como a minha mulher, eu quase afogava, eu quase morria, e foi a maior e mais perigosa acção de protesto que levei a efeito em toda a minha vida.

Até mete raiva...

Foto Hernâni Von Doellinger

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Ó prima, ó rica prima!

Foto Hernâni Von Doellinger
Eu tinha umas primas de que não sabia. Desconheci-as durante quase toda a minha vida e foram-me apresentadas há coisa de dez anos pelo meu amigo Paulo Silva, que as conhecia de ginjeira, e durante muito tempo não lhes larguei as redondezas. Estou farto de dizer à minha mulher: a família devia dar-se mais. E às vezes dão-me as saudades, digo aos camaradas que preciso de ir às primas, e logo aquelas mentes perversas pensam que estou a agendar uma noitada na casa da tia, melhor dizendo: em casa de tia. Mas nada disso. As minhas primas são as Erdinger, as excelentíssimas cervejas alemãs que, como o seu próprio nome indica, são praticamente da minha família. E necessito urgentemente de fazer uma festa de despedida.
As Erdinger são infelizmente uma raridade nas prateleiras dos hipermercados. Descubro muito às vezes meia dúzia delas, e vêm logo todas comigo para casa. Mas há um certo sítio, uma esplanada num certo parque junto ao ex-rio mais poluído da Europa, onde costumo marcar encontro com elas e elas não costumam falhar. Parece traição à Pátria, logo eu que saí de Fafe tão bem treinado, mas este abençoado local é exactamente em Leça do Balio, o berço desse verdadeiro monumento nacional e património material da humanidade que é a Super Bock.
Para beber a Erdinger em casa como manda o figurino, até tive de comprar um copo, caro, enorme, bojudo e cheio de curvas, e é destas redondezas que eu falo. Estou a pensar vendê-lo, ao copo. As minhas primas que me perdoem, mas começam a estar muito acima das minhas posses. E não é que volte para os braços da Super Bock, não. Vou mesmo para a água, e da torneira, pelo menos enquanto não a vierem cá cortar. Portanto, adeus ó primas, ó ricas primas!

Bruxedos e outros medos

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao por...