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domingo, 27 de abril de 2025

O cartaz das Festas

As Festas, se as chamo assim com maiúscula, só podem ser umas: as da Senhora de Antime, que já foram da vila, depois do concelho, agora da cidade, mas isso não interessa para nada, porque elas são é da Senhora de Antime. E cartaz, quando digo cartaz, quero dizer aquele papelão com desenhos ou fotografias, letras e números que anuncia as Festas, só para as situar no tempo, obra de autor, uma marca, um marco, talvez agora se chame qualquer coisa em inglês, mas não faço a mínima ideia. Cartaz, para mim, não é a lista de quem vem cantar a Fafe, quero lá saber. Isso, se calhar, é o programa, mas também me é indiferente - chamem-lhe os nomes que quiserem.
Ora bem. Fafe é uma terra de artistas, ó se Fafe é terra de artistas!, é e não são assim tão poucos, e cada um mais artista que o outro, uma fartura só comparável à ausência de um verdadeiro cartaz para as Festas há não sei quantos anos. Vejo disso em todo o lado, cartazes de categoria, em festas de caracacá e terras assim-assim, às vezes autênticas obras de arte, material de colecção, e eu, fafense e sem nada, fico envergonhado, triste e invejoso.
Custará assim tanto abrir um concurso anual para a criação de um cartaz para as Festas? O bum bum Brasil é importante, contra isso nada, nesse ponto estou plenamente de acordo com o senhor presidente da câmara, eu próprio sou um conceituado apreciador de glúteos quando do sexo certo, é portanto dinheiro muito bem gasto pelo Município, investimento como deve ser, mas, mal que pergunte, não sobrará qualquer coisita no orçamento autárquico para usar também na promoção de outras partes do corpo, vamos admitir que quase tão importantes, como, por exemplo, a cabeça?

P.S. - Publicado no dia 19 de Junho de 2024. Hoje é Dia Mundial do Design Gráfico. Há novidades?

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Tem de ser, mas não é obrigatório

A gente vai fazer a sua caminhada matinal ali para o Passeio Atlântico, à beira-mar, e encontra-se uma com a outra, ainda que somente de passagem. A gente cruza-se e, à força do hábito, cumprimenta-se - "Bom dia!", no primeiro avistamento, "Até amanhã!", no que se supõe seja o último. Ora acontece que as caminhadas matinais ali no Passeio Atlântico, à beira-mar, são feitas em círculo, ida e volta, três ou quatro vezes de uma ponta à outra, o que propicia repetidos reencontros entre a mesma gente que diz uma à outra "Bom dia!" e "Até amanhã!". E a gente tem horror a ficar calada quando se vê, e se já disse "Bom dia!" e ainda não é hora de dizer "Até amanhã!", e como acha que tem obrigação de dizer alguma coisa, então nos entretantos a gente diz "Tem de ser", como se "Tem de ser" fosse uma saudação intermédia entre o olá e o adeus, "Tem de ser", uma boa merda para se dizer seja a quem for como cumprimento, é o que me parece, e eu baixo a cabeça, faço que não vejo, sigo caminho e não digo nada. Passo decerto por malcriado, arrogante, portista filhodaputa, mas daqui não saio, daqui ninguém me tira...

Por outro lado, quem diz caminhada, diz corrida, salto à corda, aulas de ginástica e afins, ciclismo, jogos de bola e sem bola, o Passeio Atlântico, no que diz respeito a exercício físico, é pau para toda a obra. O Passeio Atlântico deveria chamar-se, aliás, Passeio Atlético, e estaria muito mais certo, o que só vem dar razão ao ministro Nuno Melo e à sua Organização do Tratado do Atlético Norte.

(Publicado originalmente no meu blogue Tarrenego!)

Bruxedos e outros medos

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao por...