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terça-feira, 2 de julho de 2024

Um ovni, que eu bem o vi!

Foto Hernâni Von Doellinger
Uma vez eu vi um disco voador. Vi, fotografei e publiquei - porque estas coisas são como as partes baixas, não se dizem, mostram-se. Lembro-me como se fosse no dia 14 de Janeiro de 2013. Apresentei no Tarrenego!, o meu blogue generalista, em exclusivo mundial, apresentei, dizia, o retrato indesmentível de um ovni pairando sobre o mar do Porto, do lado direito do Castelo do Queijo, com o Parque da Cidade pelas costas. Ninguém quis saber.
Semana e meia depois, o Correio da Manhã, jornal de todos os espantos e outros antiportismos, viu um ovni na América. Um ovni que, devidamente esmiuçado, não passava de "um raio resultante de um efeito luminoso" - assim explicado por especialistas. E no entanto, graças ao Correio da Manhã, o ovni americano que nunca existiu foi um sobressalto nacional. O Correio da Manhã faz tudo de uma coisa de nada. E faz nada quanto a decoro, respeito e deontologia. Deixo de fora a compaixão, que realmente não é chamada aos jornais.
Já o meu ovni passou incógnito. Não era Cascais, era no Porto, resvés com Matosinhos, e por isso ninguém ligou. Nem as agências internacionais nem o Correio da Manhã: não metia Pinto da Costa nem suicídios semelhantes, portanto não interessava para nada. E assim desperdiçamos o pouco que vamos tendo, até o que nos cai do céu, e é por estas e por outras que este país não vai para a frente.
É o que eu estou farto de dizer: dá Deus ovnis a quem não tem dentes.
Eu sei bastante de ovnis, porque em Fafe havia às vezes.

Ora bem. Hoje é Dia Mundial do Ovni. Não sei bem porquê, o Dia Mundial do Disco Voador ou Dia Internacional do Disco Voador e Dia Mundial da Ufologia observa-se, por outro lado, no dia 24 de Junho, às tantas para armar confusão com os balões de São João. A fotografia lá de cima, fidedigna e eloquente, é um documento extraordinário: repare-se que o mar até descai para a direita, como o velho bilhar do extinto Peludo, o que normalmente acontece no decurso destes raros avistamentos.

Ovnis à saída do café

Aqui ao lado mas junto ao mar, em Vila do Conde, existe o CIFA, isto é, o Centro de Investigação de Fenómenos Aeroespaciais, que toma conta dos avistamentos de ovnis. O CIFA faz "relatórios anuais estatístico de ocorrências de fenómenos aeroespaciais em Portugal" e acaba de informar, de acordo com o jornal O Minho, que 2023 foi um bom ano, com 33 avistamentos atestados, contra os apenas 31 de 2022 e os modestos 19 de 2021.
"Esta ano há um caso registado no distrito de Braga, mais concretamente na freguesia de Aborim, em Barcelos - escreve o jornal -, quando um homem que ia a sair de um café avistou "várias luzes no céu com arestas nas pontas, de cor verde, amarela, azul e vermelha". A situação aconteceu às 23:20 do dia 10 de maio de 2023.
O CIFA analisou o vídeo e as fotos enviados pelo barcelense e concluiu que se tratavam de "aeronaves teleguiadas em evoluções no espaço de curtas distâncias" com 100% de certeza. Mais concretamente, drones com luzes de múltiplas cores." Fim de citação.
Tomaram atenção ao "quando um homem que ia a sair do café"? Ora bem. Ir ao café ou ao tasco, alapar, conviver, e depois sair do café ou do tasco, no nosso Minho, neste caso em Barcelos, e à saída ver ovnis, que é ver ovni mas a dobrar, e luzinhas de várias cores, lamento mas tenho de dizer que não me parece uma coisa muito científica. Uma informação assim explicada, suspeito que não credibiliza por aí além o dito avistamento. Em Fafe, pelo menos no meu tempo, víamos ovnis todos os dias ao sair do café, quero dizer, todas as noites, e nunca apresentámos queixa. O único problema é que, como se sabe, os avistamentos de ovnis, com o passar dos anos, acabam por fazer mal ao fígado...

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