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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Intervenção siderúrgica

Submetido de urgência a uma intervenção siderúrgica, não sobreviveu, derivado a ferimentos e queimaduras de altíssimos e variegados graus. Quer-se dizer: a língua portuguesa é deveras traiçoeira...

P.S. - Hoje é Dia Internacional do Heavy Metal.

sábado, 9 de setembro de 2023

Nas horas, mas por dever de ofício

Mr. Bean estampou-se contra uma árvore. A cena tem piada, mas não é para rir. O comediante britânico Rowan Atkinson teve mesmo um violento acidente, aqui há uns anos, e quase desfez o carro, que por acaso não era o Mini amarelo com aloquete (cadeado, se lido em Lisboa) da famosa série de televisão, mas um McLaren F1 que, segundo leio, é caro que eu sei lá e dá mais de 380 à hora. Tento imaginar que 380 à hora deve ser muito à hora, à hora demais para a minha camioneta, mas não consigo, não faço ideia, embora suponha que seja como andar de avião porém sem levantar cabeça. A reparação do automóvel acidentado - se é que se pode chamar automóvel a esta aeronave de calças curtas - custou à companhia de seguros mais de um milhão de euros. E eu também não sei quanto é um milhão de euros. Não faço ideia, por mais que tente imaginar vários campos de futebol cheios de notas e com moedas por cima por causa do vento.
A história tem muito que se lhe diga e realmente já possui barbas, mas a problemática que lhe subjaz está outra vez na ordem do dia, como adiante se verá.
A inveja é uma cena que não me assiste. Mr. Bean que tenha o carro que quiser e os jogadores de futebol também. Ganham bom e merecido dinheiro, melhor para eles. Que o gastem como quiserem e que gastem muito, que é óptimo para nós todos, até para as oficinas, seguradoras e outros intermediários - que eles, os bines e os da bola, espetam-se como tordos. Do fundo do coração, o que lhes estimo é o que lhes desejo. E que, com a graça de Deus, seja sempre só chapa. Mas, tenho de confessar, não percebo a queda desta gente para carros de mil à hora só para ir de casa ao café e do café para casa, como fazia antigamente em Fafe um certo relojoeiro, menos de cem metros na rua do Cinema, entre o Peludo e a loja, sempre nas horas, sempre a levantar paralelo. Sabem o que se diz, aparentemente comprovado por recentes estudos científicos: grande bomba, pila pequena? Pois se calhar. Não estudei para isso nem fui estudado, ninguém me perguntou e eu não faço a mínima. E mais até estou à vontade para falar sobre sexo. Isto é, não tenho carro e nem sei conduzir...

P.S. - Hoje é Dia da Velocidade. Cuidado ao atravessar a estrada!...

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Trabalhador de 72 anos...

Vejo nas notícias sobre a nossa terra que um trabalhador de 72 anos morreu "em acidente de trabalho", numa obra. "Um cilindro que capotou e o trabalhador ficou por baixo", explicou ao JN o comandante dos Bombeiros de Fafe. Um trabalhador de 72 anos. Nas obras. Mas que raio de país somos?...

sexta-feira, 5 de maio de 2023

As cadeiras de rodas e o código da estrada

Vai por aí uma alarido desgraçado por causa do homem que foi filmado a circular numa cadeira de rodas na Nacional 13, perto de Vila do Conde. Como se fosse uma novidade, como se estivesse ali mais uma daquelas extraordinarices inventadas pelo Correio da Manhã, que obviamente tomou conta da ocorrência. Pois estão todos enganados: eu já falo deste assunto pelo menos desde 2011, e trouxe-o também aqui ao Fafismos, acrescentado e livremente adaptado, há cerca de meio ano. Se não se lembram, eu repito. Até porque hoje é Dia Mundial do Trânsito e da Cortesia ao Volante, e vem a propósito. E era assim:

Há um novo perigo nas estradas portuguesas, e não falo de trotinetas. Há uma novo perigo nas estradas e são as cadeiras de rodas. Cadeiras de rodas eléctricas. As cadeiras. As cadeiras é que são eléctricas, as rodas não, são rodas normais, mas parece-me mal dizer cadeiras eléctricas de rodas, que é o que elas são realmente. Então, elas andam aí, são cada vez mais e cada vez mais metediças. Ainda no outro dia me apareceu uma disparada a atravessar, vamos um supor, a EN 206, em Arões, após a saída de Paçô Vieira, e só não acabou em desastre porque um de nós travou a tempo e não foi o condutor da cadeira. Cujo, aliás, agradeceu a sorte com um enorme sorriso (vá lá!) e não tinha capacete nem piscas.
As novas máquinas do asfalto alcançam a furiosa velocidade de 12 km/hora, o que não é brincadeira nenhuma para atravessar uma estrada nacional, fora de passadeira e saídas do nada. Ainda por cima está na moda o tuning, que transforma algumas delas em verdadeiras bombas, como a daquele brasileiro que uma vez foi apanhado pela polícia a mais de 60km/hora, depois de ter artilhado a sua cadeira de rodas com um motor de motorizada.
Creio que se impõe uma análise série e aprofundada ao fenómeno, em sede de. Sim, em sede de. Convoquem-se então os rapazes e eles que ajeitem uma comissão governamental e multidisciplinar com amplos poderes para remodelar o Código da Estrada, alterando, nomeadamente, a legislação referente às escolas de condução e introduzindo a especialidade de cadeiras de rodas. A sinalética de trânsito vigente terá de ser também revista e actualizada, não sendo de desprezar a possibilidade de implementar corredores específicos para cadeiras de rodas na rede de auto-estradas nacional. Com isenção de pagamento de portagens, evidentemente.

domingo, 5 de março de 2023

Um ano negro para os artistas

O mundo estremeceu de comoção. E, se o mundo estremece, Portugal abana e cai. Que tragédia, que cataclismo, que ano negro! Morreram, entre outros famosos certificados, Prince, David Bowie, Leonard Cohen, George Michael, a Princesa Leia, e Bob Dylan ganhou o Prémio Nobel da Literatura. Foi em 2016.
A comunicação social portuguesa ficou em choque: um annus horribilis para os artistas, sim os artistas, uma desgraça para a arte, sim a arte. Deus nos abençoe, proteja e guarde! E escreveu-se, e escreveu-se, e escreveu-se. Os nossos jornalistas iam falecendo também, esparramados de desgosto...
Ora, artistas - em bom e antigo português - são igualmente e por maioria de razão os nossos trolhas, os nossos pedreiros e os nossos carpinteiros, por exemplo. Artistas, assim se dizia em Fafe e eu continuo a dizer. Quanto mais não seja, em memória do meu querido avô de Basto, mestre pedreiro de categoria, e em homenagem ao meu querido tio Zé de Basto, filho do avô do Basto, competente fazedor de casas e anexos. Artistas, os dois, como os admiro! Conversei na ocasião com Albano Ribeiro, o eterno presidente do Sindicato da Construção de Portugal, que me contou o seguinte:
Trinta e nove (39) operários da construção civil morreram a trabalhar, em Portugal, naquele ano. E, em quatro meses, morreram seis (6) trabalhadores portugueses em obras por essa Europa fora, número grande em tempo de drástica redução de empreitadas e ainda sem estádios para construir no Catar.
Albano Ribeiro queria falar com os senhores jornalistas acerca deste e de outros assuntos relativos aos nossos artistas. Convidou a comunicação social portuguesa para uma conferência de imprensa que deveria realizar-se numa sexta-feira a uma hora cómoda. Ninguém apareceu. Os senhores jornalistas tinham mais que fazer...

P.S. - A Academia Nacional de Belas-Artes foi criada no dia 5 de Março de 1932, a partir das academias de Lisboa e Porto.

domingo, 20 de novembro de 2022

Velocidade furiosa, em Arões vamos supor

Há um novo perigo nas estradas portuguesas, e não falo de trotinetas. Há uma novo perigo nas estradas e são as cadeiras de rodas. Cadeiras de rodas eléctricas. As cadeiras. As cadeiras é que são eléctricas, as rodas não, são rodas normais, mas parece-me mal dizer cadeiras eléctricas de rodas, que é o que elas são realmente. Então, elas andam aí, são cada vez mais e cada vez mais metediças. Ainda no outro dia me apareceu uma disparada a atravessar, vamos um supor, a EN 206, em Arões, após a saída de Paçô Vieira, e só não acabou em desastre porque um de nós travou a tempo e não foi o condutor da cadeira. Cujo, aliás, agradeceu a sorte com um enorme sorriso (vá lá!) e não tinha capacete nem piscas.
As novas máquinas do asfalto alcançam a furiosa velocidade de 12 km/hora, o que não é brincadeira nenhuma para atravessar uma estrada nacional, fora de passadeira e saídas do nada. Ainda por cima está na moda o tuning, que transforma algumas delas em verdadeiras bombas, como a daquele brasileiro que uma vez foi apanhado pela polícia a mais de 60km/hora, depois de ter artilhado a sua cadeira de rodas com um motor de motorizada.
Creio que se impõe uma análise série e aprofundada ao fenómeno, em sede de. Sim, em sede de. Convoquem-se então os rapazes e eles que ajeitem uma comissão governamental e multidisciplinar com amplos poderes para remodelar o Código da Estrada, alterando, nomeadamente, a legislação referente às escolas de condução e introduzindo a especialidade de cadeiras de rodas. A sinalética de trânsito vigente terá de ser também revista e actualizada, não sendo de desprezar a possibilidade de implementar corredores específicos para cadeiras de rodas na rede de auto-estradas nacional. Com isenção de pagamento de portagens, evidentemente.

P.S. - Hoje é Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada.

Bruxedos e outros medos

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao por...