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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Bonga esta noite em Fafe


Bonga actua esta noite em Fafe, a partir das 21h30, no Parque 1.º de Dezembro, junto à antiga estação de comboios. O espectáculo, com entrada livre, faz parte da Festa do Emigrante, promovida pelo Município.

sábado, 19 de julho de 2025

Folclore internacional em Fafe


De hoje a oito dias, sábado, 26 de Julho, a Arcada acolhe o XXXIX Festival Nacional e Internacional de Folclore, que contará com a participação de oito grupos, de diferentes nacionalidades. Início às 20h30, com entrada livre.

terça-feira, 15 de julho de 2025

Branca e radiante


A Festa Branca volta a Fafe no próximo sábado, dia 19 de Julho, com Rui Veloso como cabeça de cartaz. Espectáculo a partir das 22 horas, na Feira Velha (Praça Mártires do Fascismo). Na Arcada, com início às 18 horas, atuarão os DJ Nino, Miguel Mendes, João Miguel e Lowie, numa proposta do Club Fafense, para seguir noite dentro.
Biblioteca Municipal, Arquivo Municipal, Teatro-Cinema, Estação Memória, Casa da Cultura, Museu das Migrações e Museu da Imprensa estarão abertos em horário alargado e com entrada gratuita.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Festas de Fafe, de 5 a 13 de Julho


"De 5 a 13 de julho, Fafe celebra as Festas em honra de Nossa Senhora de Antime.
Integrando como é habitual a componente festiva e religiosa, o programa da edição 2025 terá como cabeças de cartaz os concertos de Ivandro, Bárbara Bandeira, Kiss Kiss Bang Bang e Dj Cozta (11 de julho) e Van Zee, Carolina Deslandes, Baile das Novinhas e Volki Boys (12 de julho).
A freguesia de Antime recebe, no fim de semana anterior (5 de julho), o reconhecido artista português Maninho, o cantor fafense Bruno Fernandes e, ainda, os Djs Filipe Carvalhais e Echosound.
A programação contempla também os números tradicionais habituais - Fado de Coimbra, Mostra de Folclore, Desfile de Moda e o Despique das Bandas Filarmónicas de Revelhe e de Golães -, culminado com Desfile Alegórico "Fafe: alma e tradição com vida", na noite de domingo."

P.S. - O texto acima é da autoria do Município de Fafe.

sábado, 21 de junho de 2025

O boleto e a merenda

Nos grandes concertos sinfónicos, o maestro sai sempre no final de cada peça para ir à casinha mudar a água às azeitonas. Depois volta para as palmas, para as vénias e para as flores, sorridente e aliviado. E os músicos? Os músicos protestam batendo nas estantes e continuam em palco de perninhas apertadas e, quem sabe, a urinarem-se por elas abaixo...

O boleto é uma ordem oficial escrita que requisita alojamento para militares numa casa particular ou o próprio alojamento assim conseguido. É também salvo-conduto, a parte superior do carril sobre o qual rolam comboios e eléctricos, um género de cogumelos comestíveis e a articulação da perna do cavalo acima da ranilha, dizem uns, ou acima da quartela, dizem outros. No Brasil, boleto é ainda papelinho de aposta nas corridas de cavalos, registo de dados de uma operação bolsista, bilhete de acesso a espectáculos e similares ou impresso de factura-recibo.
Posto isto, que não interessa para nada, mudemos de assunto. Falemos de uma coisa completamente diferente. Falemos do boleto.
O boleto, que, pelo menos aqui há uns anos e em Fafe, era praticado pelas bandas de música e consistia numa módica quantia em dinheiro vivo que o contramestre da filarmónica distribuía pelos músicos provavelmente a título de ajuda de custo ou, talvez melhor dizendo, como subsídio de alimentação - o que salvava o dia sobretudo aos jovens aprendizes, que passeavam muito bem a farda e faziam número nas procissões e outras arruadas, mas "ainda não ganhavam". Funcionava, em todo o caso, como um prémio, um extra. Uma espécie de consoada recebida a prestações.
De uma certa maneira, o boleto era também uma das peças do concerto. Enfim, uma bagatela, como lhe chamariam os românticos. Peça curta e despretensiosa mas de sucesso garantido, faço questão de acrescentar, para contar tudo como deve ser contado. Beethoven, por exemplo, muito dado a repentinas modificações de humor, compôs algumas dezenas dessas miniaturas para piano, verdadeiras jóias, autênticas obras-primas, a mais famosa das quais será certamente "Für Elise", que toda a gente conhece. Tornando, porém, ao boleto: se não parecesse um rematado disparate, suponho até que seriam os próprios músicos a pedir bis. O dinheiro saía em notas puídas e renitentes de um gordo envelope cada vez mais magro e era entregue em mão, uma mão atrás da outra, no dia mesmo da "festa", em pleno coreto, com o povo ao redor, durante um intervalo que desse jeito, na vez da outra banda tocar.
Posso ter inventado esta memória, mas cuido que o mais das vezes o bodo era repartido já da parte da tarde do "serviço". E que se segue? Não sei porquê, mas desconfio, a minha cabeça começou então a associar boleto a merenda, como se fossem palavras sinónimas, e até hoje. Boleto igual a merenda. Exactamente. Merenda ao "balcão" de uma barraca beduína, periclitante e malcheirosa, espécie de estendal armado às três pancadas entre varas de choupo e toldos de pano, com bacalhau frito, orelheira salgada, frango abusivamente churrascado, moscas e sardinhas assadas que eram uma desgraça. Uma desgraça bem bebida, afogada em vinho até ao nariz.

Vinho, como quem diz. Bastas ocasiões bebia-se "receita", isto é, juntava-se cerveja e açúcar ao alegado vinho para disfarçar o pique a vinagre. Mas bebia-se. Porque beber fazia parte da arte, tinha o seu próprio solfejo. Como eu costumo dizer, e não me canso de repetir, a diferença entre uma colcheia e uma colmeia está na medida. Isto é: uma colmeia corresponde exactamente a uma semicolcheia. E deve servir-se de preferência numa seminfusa. Bem fresca...

P.S. - Versão optimizada, publicada no meu blogue Mistérios de Fafe. Hoje é Dia Europeu da Música.

Quarteto de cordas

Eram um excelente quarteto de cordas: de sisal, de propileno, bamba e estática. As quatro acompanhavam regularmente a corda vocal. Quando assim, eram o Quinteto da Corda.

P.S. - Hoje é Dia Europeu da Música.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Quando os Tonys eram de Matos

Foto Hernâni Von Doellinger

Sou de Fafe e sou dum tempo. Frequentei os campos de milho do Santo, de Cavadas e do Sabugal, vindimei e pisei uvas, fui a desfolhadas e malhadas, andei em carros de bois e na carroça do Moniz Azeiteiro, fui à merda para selar o forno de cozer broa, ajudei a matar porco, arranquei batatas, depenei frangos, montei jericos, andei aos ninhos e aos pardais, guardei cabras no monte, tínhamos quintal, galinheiro e coelheira, meia dúzia de olhos de couves no tempo delas e um céu com estrelas. Tive feira todas as quartas. Comi gafanhotos, vivos. Fui uma vez ao mar, à pesca da faneca, e trouxe também cavalas e respeito. Eu e a natureza sabemo-nos. Quero campo, montes e rio, se possível com o Atlântico debaixo de olho. Sou um rústico e disto não saio. A cidade é-me modo de vida, mais nada.

Mas nem todos têm a minha sorte. Os lisboetas, por exemplo. Os lisboetas são uns infelizes, uns desgraçados, não sabem da vida, não sabem da terra, não sabem sequer de que terra são. Aqui atrasado, o Continente, esse, o dos supermercados, fazia de velho mestre-escola e, uma vez por ano, tomava conta dos lisboetas, assim ditos, e levava-os em gaiteira excursão de volta às suas raízes mais profundas. Às berças. Aos campos do Minho, de Trás-os-Montes, das Beiras, do Alentejo ou dos Algarves de onde eles partiram há duas ou três gerações, com a saca da merenda enfiada no cajado ao ombro, os pés descalços e as chancas nas mãos. Quer-se dizer: embora o ignorem, os lisboetas são tão parolos como os outros parolos todos à volta. Lisboa já não diferencia. Faz cada vez mais parte do resto que é paisagem neste país que não existe.

Naquele dia, os lisboetas, que são parolos mas não se lembram, aprendiam ou reaprendiam, por exemplo, que o leite não nasce em pacotes, que as galinhas estão vivas antes de estarem mortas (a senhora dona Lili Caneças saberá ainda explicar o fenómeno), que os ovos só podem ser produzidos com aquele feitio ou que o bife não é um animal, pelo menos um animal completo. E, com um bocadinho de sorte, até talvez pudessem descobrir o mais extraordinário segredo da vida, que é: a vaca não dá leite. Isso, a vaca não dá leite, ao contrário do que consta. A vaca não dá leite, não dá carne que serve para a nossa alimentação, não dá pele que serve para fazer sapatos nem dá chifres que servem para fazer pentes, como nos exigiam nas redacções da escola primária.  A vaca não dá nada, porque a vida não é de graça. É preciso ir lá, à vaca, e dar-se ao trabalho e tirar e tratar e transformar e fazer - é assim que o Lopes ensina os netos.
Mas então, o Continente oferecia aos lisboetas uma espécie de circo rural onde não faltavam as vacas e os cavalos, os patos e os gansos, as ovelhas e os porcos, as avestruzes e os burros. E enfartava-os com um megapiquenique a que o analfabetismo vigente não se cansava de chamar "Mega Pic Nic". Um arraial dos antigos para recriar, em plena Avenida da Liberdade e no Parque Eduardo VII, o "espírito do campo", o "ambiente de uma grande quinta", com o patriótico desiderato - acrescentava a propaganda do Continente - de "chamar a atenção dos portugueses para a importância do apoio à produção nacional". Pois se calhar.
E os lisboetas juntavam-se aos milhares, aos milhares de milhares, de boca aberta, entusiasmados até mais não com a novidade, fresquinha e ao vivo, das cores, dos sabores e dos aromas do campo, como se o campo fosse aquilo. Mas, sobretudo, os lisboetas do país inteiro, do país que não existe, iam ao cheiro do concerto do Tony Carreira. À borla. Tony Carreira apresentado aos lisboetas como "o melhor da música portuguesa".
Ora bem. Honra lhe seja, Tony Carreira, isto é, António Manuel Mateus Antunes, 61 anos, natural de Pampilhosa da Serra, é um profissionalão, provavelmente o melhor do seu ofício, mas não é "o melhor da música portuguesa". Entendamo-nos: por mais multidões que congregue, por mais corações que despedace, por mais sutiãs ou cuecas de senhora que lhe atirem ao palco, Tony Carreira é apenas um cantor romântico com imeeeeeenso sucesso e acaba de fazer constar que o próximo disco pode ser o último, Deus o ouça. Mas a música portuguesa, desculpem-me a expressão, é outra coisa. E felizmente.

Depois o Continente trouxe o arraial para o Porto, para os lisboetas do Norte. O estardalhaço chama-se cá em cima Festival da Comida e continua a atafulhar o martirizado Parque da Cidade, aproveitando parte da parafernália montada para o já de si devastador Primavera Sound. E com Tony Carreira sempre!
Este ano é a sétima edição do hecatómbico evento, dias 12 e 13 de Julho, e eu, ferrinho, mais uma vez não ponho lá os pés. Já disse. Sou de Fafe e doutro tempo. Do tempo em que os Tonys eram de Matos.

P.S. - Hoje é Dia Internacional do Piquenique. E Dia Internacional do Sushi. E Dia da Gastronomia Sustentável. E, evidentemente, dia de ouvir Tony de Matos.

domingo, 25 de maio de 2025

Corta mais que um canivete

Era uma modinha antiga, do tempo em que havia respeito, não sei quem é que a cantava originalmente, na rádio, antes de chegar ao povo, que tomou conta dela, e o refrão dizia assim:

Corta mais que um canivete,
oh! que língua tão comprida.
Ora mete, mete, mete
a língua na tua vida.

P.S. - Hoje é Dia Nacional do Folclore Português.

Ó Portugal, toca a gaita triste e faz a festa!

Foto Hernâni Von Doellinger

sábado, 24 de maio de 2025

Os Clã. Para o clã?


Os Clã em Fafe, no próximo dia 28 de Junho. Palco do Teatro-Cinema, pelas 21h30. Do bom e do melhor, para regalo do povo. Se houver bilhetes quando os bilhetes forem colocados à venda.

sábado, 26 de abril de 2025

25 de Abril sempre!

O 25 de Abril devia ser todos os dias. Não é, mas devia ser, aproveitando enquanto há. Em Fafe, do mal o menos, o 25 de Abril, que correu ontem muito bem, é mais dois dias: hoje à noite com Capicua e amanhã à tarde com Sérgio Godinho. Na Praça 25 de Abril. Bem bom. Porque 25 de Abril sempre!, nem que seja só às vezes.

P.S. - O Cortejo dos Cravos, que percorreu as ruas da cidade de Fafe, terá sido, estou em crer, a mais bela homenagem que Portugal fez ontem ao 25 de Abril, à Democracia e à Liberdade.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Canção do Salgueiro (Maia)


Esta recebi-a do Jaime Froufe Andrade. Foi num Abril, no tempo dela, e vale a pena lembrá-la hoje. E amanhã. E sempre! No blogue Campainha Eléctrica, li que "o tema "Canção do Salgueiro" tem música e letra de Carlos Tê, que também assegura a produção ao lado de Mário Barreiros e Pedro Vidal. Barreiros é responsável pela mistura e masterização, pela bateria, guitarra eléctrica e teclados, cabendo a Pedro Vidal, director musical de Jorge Palma e parceiro dos Blind Zero e Wraygunn, outra guitarra acústica e eléctrica e também o banjo. Na canção participam ainda Rui David na voz, Patrícia Lestre na voz e violino, Paulo Gravato, saxofonista de Pedro Abrunhosa ou dos Azeitonas, e Rui Pedro Silva no trompete. A voz principal é de Carlos Monteiro." A canção pode ser ouvida aqui. E a letra do Tê diz assim:

Canto agora ao salgueiro
Que um dia abriu os olhos
E viu reinar o vampiro
Sobre a lezíria cansada
De tanto choro e suspiro
E gente tão aviltada

Saiu em fúria da margem
E foi bradar ao terreiro
No seu cavalo de ferro
Pediu contas ao vampiro
E ali lhe fez o enterro
Sem disparar um só tiro

Ai ó meu velho salgueiro
Dá-me a tua sombra amiga
Se há bom tronco lusitano
És da cepa mais antiga

Ai ó meu velho salgueiro
Estás aí tão mudo e quedo
És filho dum ferroviário
Que fez um manguito ao medo

E depois voltou à margem
E ficou a salgueirar
Junto ao Tejo em Santarém
Onde as Tágides vão dançar
Quando a lua harpeja as águas
Certas noites de luar

Canta de peito o pardal
No poleiro da capital
Cantiga logo esquecida
Mas tu estás de pedra e cal
Mesmo em terra batida
Alto é teu pedestal

Ai ó meu velho salgueiro
Dá-me a tua sombra amiga
Se há bom tronco lusitano
És da cepa mais antiga

Ai ó meu velho salgueiro
Estás aí tão mudo e quedo
És filho dum ferroviário
Que fez um manguito ao medo

P.S. - Salgueiro Maia morreu no dia 3 de Abril de 1992. Aos 47 anos.

Canário e David Carreira nas Feiras Francas


Augusto Canário e David Carreira são os destaques musicais das Feiras Francas de Fafe, que decorrem de 15 a 18 de Maio. Mais informação, aqui.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Sérgio Godinho e Capicua no 25 de Abril


Capicua e Sérgio Godinho marcam presença, este ano, nas comemorações do 25 de Abril em Fafe, com concertos nos dias 26 e 27, respectivamente. O programa completo, que começa a 22, pode ser consultado aqui.

domingo, 30 de março de 2025

Os Sexy Rannas

Conversing
- Estás com pressing?
- Não. Por acaso até tenho timing.

Outubro de 2015. Morreu Jim Diamond, o escocês que cantou I should have known better. A notícia, apresentada desta maneira, apanha-me completamente desprevenido. Não faço ideia de quem é o falecido, e o nome da cantiga, assim em estrangeiro, também não me diz grande coisa, porque sofro de disfunção relacionada com títulos e letras de canções, sejam as canções e os títulos e as letras em que língua forem. Só conheço as melodias, e apenas de vista. A minha ignorância é, realmente, formidável.
Mas quem procura sempre alcança, como dizia o sábio ginecologista polinésio. Procurei, portanto, e cheguei lá. Ao Jim Diamond, que continua a não me dizer nada, mas agora por razão de força maior, e à cantiga em questão. À melodia. E aqui, sim, veio-me à memória um extraordinário grupo de rapazes que fizeram época em Fafe na década de oitenta do século passado e que, se não me engano, criaram no Café Chinês uma interessantíssima versão aportuguesada do tal sucesso de Diamond, versão essa injustamente ignorada pela Billboard. Paródia e paronímia, com todas as sílabas a baterem certo com o inglês original, seria, se bem me lembro, algo parecido com o que se segue a respeito do meu primo Zé, que por acaso também era da corda: "O Bomba não bebe. Não bebe, não bebe, não bebe, não bebe pouco. O Bomba não bebe. Não bebe, não bebe, não bebe pelo nariz"...
Lembrei-me dessa malta toda e deu-me vontade de rir, ri-me como um perdido e soube-me bem: eles eram - não sei se vou dizer correctamente - os Sexy Rannas, assim autoproclamados, eram a geração e o bando do meu irmão mais novo, meninos para o preciso, gente do melhor que Fafe tinha, e, se andarem por aí, o que lhes estimo é o que lhes desejo, a todos em geral e a cada um em particular, mais às respectivas e excelentíssimas famílias, se é que chegaram lá.

P.S. - Versão publicada no meu blogue Mistérios de Fafe.

terça-feira, 25 de março de 2025

Era uma música muito estranha

Uma vez, há muitos anos, levaram-me a uma espécie de concerto no auditório do Conservatório de Música de Braga. Eu estava no seminário, teria no máximo os meus dezasseis anos e portanto que remédio. Fomos talvez para compor a sala, não faço ideia. E aquilo foi muito chato, não é para me gabar. Pela primeira vez na vida ouvi Béla Bartók, por interposta pessoa, e Cândido Lima, por ele próprio, creio que também com direito a comentários, ainda por cima. Saí de lá muito zangado com a padralhada e convencidíssimo de que o que acabara de ouvir não era música, até porque já tinha aprendido nas aulas que "música é um conjunto de sons agradáveis aos ouvidos", e na verdade eu vim cá para fora com as orelhas todas fodidas. Que se segue? Hoje é Dia Internacional da Música Estranha e eu lembrei-me deste lamentável episódio, que me marcou como ferro em brasa até aos dias de hoje. Devo acrescentar em minha defesa que entretanto mudei de opinião a respeito daquela, digamos assim, especialidade musical. Mas apenas um bocadinho...

P.S. - Béla Bartók, compositor, pianista e musicólogo húngaro, autor de "Concerto para Orquestra", "O Mandarim Maravilhoso" e "O Castelo de Barba Azul", nasceu no dia 25 de Março de 1881.

Bruxedos e outros medos

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao por...