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sábado, 24 de maio de 2025
Os Clã. Para o clã?
Os Clã em Fafe, no próximo dia 28 de Junho. Palco do Teatro-Cinema, pelas 21h30. Do bom e do melhor, para regalo do povo. Se houver bilhetes quando os bilhetes forem colocados à venda.
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Orgasmos em Fafe, a 14 de Junho
No Teatro-Cinema de Fafe, dia 14 de Junho, pelas 21h30, sobe à cena a comédia "Orgasmos", com Bruno Cabrerizo e Sandra Celas. Mais informação, aqui.
sábado, 22 de março de 2025
Um teatro chamado Cinema
Eu respeito o Teatro-Cinema de Fafe. O Teatro-Cinema de Fafe diz que se chama Teatro-Cinema, até tem o nome escrito na testa, "Teatro-Cinema", e eu cumpro-lhe a vontade. Para mim, o Teatro-Cinema é o Teatro-Cinema. Isto é, Teatro-Cinema com hífen, isto é, com tirete, isto é, com traço-de-união, isto é, com traço, isto é, com tracinho, como diz o povo. Teatro-Cinema, assim. Outros não pensam desta maneira.
Há quem lhe chame Cine-Teatro, até em documentos moderadamente oficiais, mais ou menos lisboetas, do chamado Património, e cineteatro, em bom rigor, quer dizer exactamente o mesmo que teatro-cinema, isto é, edifício que permite ou onde se realizam espectáculos de cinema e teatro ou vice-versa. É, portanto, correcto quanto ao conteúdo. Mas o nome verdadeiro está lá em cima, indesmentível, "Teatro-Cinema".
O meu avô da Bomba e os da geração do meu avô da Bomba chamavam-lhe, é verdade, Cine-Teatro, lembro-me disso, era nome em voga. O meu pai, eu e os da minha geração chamávamos-lhe e chamamos-lhe Cinema, porque no nosso tempo era o que lá havia e dizia-nos respeito, era o que tínhamos e amávamos, cinema, o meu Cinema Paraíso, com já aqui contei. Mas, insisto, o Teatro-Cinema, chamem-lhe os nomes que quiserem, se lhe perguntarem, diz que se chama "Teatro-Cinema". Está à vista de toda a gente.
Entretanto, não sei quem, mas doutores certamente, não sei quando nem sei porquê, a coberto da noite e da Câmara Municipal, alguém foi, vamos um supor, ao Teatro-Cinema e sonegou-lhe o hífen, isto é, o tirete, isto é, o traço-de-união, isto é, o traço, isto é, o tracinho, como diz o povo. E agora os serviços e a propaganda do Município chamam Teatro Cinema ao nosso Teatro-Cinema, quem dera que não se lembrem também de ir a Braga abafar o agá do Theatro Circo.
Ora bem. Fafe tinha o Teatro-Cinema. O Teatro-Cinema, de Fafe, edifício-sala-local para apresentações teatrais e sessões cinematográficas. Agora tem o Teatro Cinema, isto é, um teatro chamado Cinema, isto é, Teatro Cinema, como Teatro Antunes, como Teatro Maria Alice, como Teatro Aberto, como Teatro Privado. A palavra Cinema passou a nome do teatro. Teatro Cinema. Se ainda fosse no meu tempo, que era só filmes, ainda vá que não vá, mas actualmente, que é sobremaneira palco e o cinema mora ao lado, não vislumbro o sentido da coisa. Outros certamente vislumbrarão.
Resumindo e concluindo. A Câmara de Fafe, isto é, a autarquia, isto é, o Município, tem de fazer alguma coisa. E eu sei muito bem como é que isto se resolvia. Era chamar a "magirus" dos Bombeiros e mandar lá acima um trolha de confiança para apagar de vez o hífen, isto é, o tirete, isto é, o traço-de-união, isto é, o traço, isto é, o tracinho, como diz o povo. E os doutores passavam a ter razão.
Há quem lhe chame Cine-Teatro, até em documentos moderadamente oficiais, mais ou menos lisboetas, do chamado Património, e cineteatro, em bom rigor, quer dizer exactamente o mesmo que teatro-cinema, isto é, edifício que permite ou onde se realizam espectáculos de cinema e teatro ou vice-versa. É, portanto, correcto quanto ao conteúdo. Mas o nome verdadeiro está lá em cima, indesmentível, "Teatro-Cinema".
O meu avô da Bomba e os da geração do meu avô da Bomba chamavam-lhe, é verdade, Cine-Teatro, lembro-me disso, era nome em voga. O meu pai, eu e os da minha geração chamávamos-lhe e chamamos-lhe Cinema, porque no nosso tempo era o que lá havia e dizia-nos respeito, era o que tínhamos e amávamos, cinema, o meu Cinema Paraíso, com já aqui contei. Mas, insisto, o Teatro-Cinema, chamem-lhe os nomes que quiserem, se lhe perguntarem, diz que se chama "Teatro-Cinema". Está à vista de toda a gente.
Entretanto, não sei quem, mas doutores certamente, não sei quando nem sei porquê, a coberto da noite e da Câmara Municipal, alguém foi, vamos um supor, ao Teatro-Cinema e sonegou-lhe o hífen, isto é, o tirete, isto é, o traço-de-união, isto é, o traço, isto é, o tracinho, como diz o povo. E agora os serviços e a propaganda do Município chamam Teatro Cinema ao nosso Teatro-Cinema, quem dera que não se lembrem também de ir a Braga abafar o agá do Theatro Circo.
Ora bem. Fafe tinha o Teatro-Cinema. O Teatro-Cinema, de Fafe, edifício-sala-local para apresentações teatrais e sessões cinematográficas. Agora tem o Teatro Cinema, isto é, um teatro chamado Cinema, isto é, Teatro Cinema, como Teatro Antunes, como Teatro Maria Alice, como Teatro Aberto, como Teatro Privado. A palavra Cinema passou a nome do teatro. Teatro Cinema. Se ainda fosse no meu tempo, que era só filmes, ainda vá que não vá, mas actualmente, que é sobremaneira palco e o cinema mora ao lado, não vislumbro o sentido da coisa. Outros certamente vislumbrarão.
Resumindo e concluindo. A Câmara de Fafe, isto é, a autarquia, isto é, o Município, tem de fazer alguma coisa. E eu sei muito bem como é que isto se resolvia. Era chamar a "magirus" dos Bombeiros e mandar lá acima um trolha de confiança para apagar de vez o hífen, isto é, o tirete, isto é, o traço-de-união, isto é, o traço, isto é, o tracinho, como diz o povo. E os doutores passavam a ter razão.
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sábado, 1 de março de 2025
À facada, era tiro e queda
Sou dos filmes de cobóis desde pequenino e particular consumidor dos spaghetti de Sergio Leone com molho de Ennio Morricone. Comecei a vê-los no Cinema de Fafe há mais de cinquenta anos e tenho-os agora na despensa, a colecção completa e indispensável, que me foi oferecida pelo meu irmão Orlando. Gosto. Gosto e assobio. Vejo-os sempre que me apetece, e se dão na televisão (como dão de vez em quando na RTP 2, cada vez menos, ou agora nestes canais que nos saem do bolso, como, por exemplo, outro dia, no Fox Movies), não mando ninguém ver por mim. Vejo. Vejo e assobio. Porém, ao fim destes anos todos e após milhões de sessões, devo confessar o seguinte: continuo sem perceber a morte dos bandidos. Há ali qualquer coisa que não bate certo. Quer-se dizer - os bandidos é como tordos, morrem uns atrás dos outros, do mais fraquinho até chegar ao chefe, e assim é que está bem, ordem acima de tudo, mas já repararam à custa e ao fim de quantos balázios? Já contaram quantas balas são precisas para matar um bandido, um só, nem que seja um simples soldado raso, um bandido tão bandido que nunca abriu a boca durante o filme, um figurante praticamente? Mais de dezasseis e todas na muche, até que o estafermo do bandido, um só, aceite esticar de vez o pernil, deixando o filme avançar. É muita despesa e má propaganda à inquestionável pontaria, por exemplo, de um atirador do calibre de um Clint Eastwood. Em contrapartida, quando a coisa é resolvida à facada, o mau da fita morre logo à primeira. Tiro e queda, já viram?
Acho mal. E no entanto assobio. Ennio Morricone é que sabia...
Acho mal. E no entanto assobio. Ennio Morricone é que sabia...
P.S. - A noite dos Óscares é amanhã, se não me engano. E eu há anos que não lhes ligo. Preferia, sinceramente, quando os óscares eram acúrsios.
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domingo, 12 de janeiro de 2025
De tudo, como... no Teatro-Cinema
![]() |
Foto Município de Fafe |
Música, canto, dança, cinema, teatro, humor, conferências, exposições e o que mais se verá. O programa cultural do Teatro-Cinema de Fafe para 2025 foi anunciado, e promete. Toda a informação, com eventos, artistas e datas, aqui.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Entre mortos e feridos, ninguém se aleijou
Vinho na pipa
couves na horta
se não nos der nada
cagamos na porta
A casa do Sr. Carlos da Cantina, na Recta, tinha no portão um aviso que dizia, mais ou menos, "Atenção! Perigo! Propriedade protegida por arma de fogo!", e aquilo metia-me muito medo, arrepiava-me, perseguia-me, não porque me passasse pela cabeça enveredar pela carreira de assaltante de residências, longe disso, caramba, a minha mãe batia-me, mas porque, na minha natural infantilidade e ignorância, eu ainda não ligava "arma de fogo" a espingarda, caçadeira, metralhadora ou pistola, mas a uma série de armadilhas explosivas e incendiárias que rebentariam sem dó nem piedade em todo o perímetro mal alguém ousasse sequer pôr o pé na vedação, por acaso alta e gradeada. Não haveria sobreviventes. Aquilo não era uma casa, era uma mansão, um cofre-forte ou quartel-general, uma imensa ratoeira, com muito terreno à frente e hei-de crer que também atrás. Eu, ai ninas, mudava sempre para o outro lado da rua quando por lá passava por algum recado.
Portanto, para quem não soubesse que o Sr. Carlos da Cantina era um homem rico, muito rico, o aviso estava lá: - Sou! E é tudo para mim. Isto é: estão a ver o Marco Paulo? No que diz respeito a fortuna, cinjamo-nos a esse departamento, o Sr. Carlos da Cantina devia ser um bocado como o Marco Paulo, mas em careca. Filhos, não posso precisar se tinha ou não, não me lembro deles se os houve, pelo menos não foram das minhas relações, o que só lhes abonaria, mas sei que tinha um afilhado, que também se chamava Carlos, noblesse oblige, creio que morava frequentemente lá no palácio e foi meu colega de escola primária, na Conde Ferreira. Era um moço porreiro, o Carlos, e o que lhe estimo é o que para mim desejo.
A Recta é a Avenida de São Jorge e o Sr. Carlos era da Cantina porque era o responsável-mor pela Cantina da Fábrica do Ferro, grande negócio, uma mina, e era por isso que era rico, muito rico, porque todos os responsáveis da Fábrica do Ferro ficaram ricos, muito ricos, só os operários, evidentemente irresponsáveis, é que ficaram pobres, muito pobres, e se, pelo Natal e por vingança, algum deles, mais atrevido ou revolucionário, resolvesse saltar o muro do shangri-la do Sr. Carlos da Cantina tendo em vista, digamos assim, orientar uma braçada de couves-galegas para a panela da consoada, morria logo ali que se fodia, feito em picado como na Guiné, e essa imagem não me saía da cabeça.
Ainda por cima, uma vez, em Passos, isto é, em Basto, nas minhas inesquecíveis férias de Verão, vi uns rapazes a construírem uma verdadeira "arma de fogo", com um pedaço de madeira, um tubo, arames, pólvora, farrapos e varetas de guarda-chuva aguçadas, que eram as balas. Chamavam àquilo "espoleta" ou, realmente, "esporeta". Era para ir à caça, e foram. Um dos miúdos ficou cego de um olho, já não me lembro se derivado a explosão desorientada ou vazado pelo projéctil - meteu-me impressão, de qualquer maneira. E eu, tornando a Fafe e ao fort knox do Sr. Carlos da Cantina, imaginava milhares de varetas de guarda-chuva a rebentarem-lhe do quintal inteiro e a assobiarem os ares, como se fosse Senhora de Antime, mas flamejantes as varetas, certeiras e mortíferas na descida, levando tudo a eito, a ferro e fogo, desde a Parefa, sejamos razoáveis, pelo menos até ao tasco do Lando da Recta, no fim da mesma, onde a estrada começa a curvar e a descer para Armil. Uma carnificina extraordinária, espectacular, nunca vista em lado algum, nem mesmo no nosso Cinema, que, não desfazendo, era de tiro e queda e de caixão à cova. E a gente a morrer ali desalmadamente, sem tempo sequer para levar a caneca aos queixos.
Ora bem. O que eu digo é o seguinte: conheci muito bem o Sr. Carlos da Cantina e a sua imensa viatura, mas sou capaz de admitir que o filho da puta do letreiro de ponta e mola me tenha indrominado a mente a respeito do homem propriamente dito, que se calhar até era uma jóia de indivíduo, eu que é estou para aqui a fazer filmes. Admito, sim senhor. Em todo o caso, e pelo sim e pelo não, nunca lhe fui cantar os Reis ou as Janeiras, no tempo deles e delas, nessa nunca me apanharam. Eu, que era um solista requisitado por vários e afamados grupos, voz de anjo já com certificação seminarística, tinha medo àquele reclame armado em parvo, já disse, ali nunca ninguém me haveria de ouvir. Cagar-lhe à porta, talvez. Mais do que isso, não.
P.S. - A quadra lá de cima era cantada, em Fafe, no final das Janeiras e dos Reis, espécie de encore caso tardasse a abertura da porta da casa e a moedinha da ordem. E, na verdade, não se dizia "cagamos" mas "caguemos", "caguemos na porta", como se ainda faláramos o velho e indesmentível galego. Era também uma reclamação, um aviso, mas da parte de fora, uma ameaça, quem sabe se alguma vez consumada...
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Cercifaf apresenta... "Direito de Natal"
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Leões do Ferro apresentam... "A Nossa Bela Adormecida"
No próximo dia 28 de Dezembro, no Teatro-Cinema de Fafe, o Grupo Desportivo e Cultural Leões do Ferro apresenta o espectáculo "A Nossa Bela Adormecida". É um sábado, às 21h30, e o bilhete custa 4 euros.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
Mas que bem que elas tangam
Lembram-se do futebol de salão? O que é que nos vinha à cabeça quando se falava de futebol de salão? O salão. Uns cavalheiros vestidos de fraque e com um número nas costas e umas cavalheiras despidas nas costas e no resto, agarrados um ao outro e rodopiando pelo salão nobre do Teatro-Cinema como Fred Astaire e Ginger Rogers e uma bola pequenina no meio, um árbitro e o apito, um júri e tabuletas com pontuações. Para evitar ambiguidades, o futebol de salão passou a chamar-se futsal, joga-se em polidesportivos, como, por exemplo, no pavilhão do Grupo Nun'Álvares, e é o sucesso que se sabe...
P.S. - Hoje é Dia Internacional do Tango.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
A minha casa é o Teatro-Cinema
Teatro-Cinema, com hífen, assim gosto! E recomendo. Visita guiada e encenada aos espaços e às memórias do Teatro-Cinema de Fafe, no próximo domingo, 8 de Dezembro, a partir das 15 horas. A entrada é livre. Mais informação, aqui.
domingo, 1 de dezembro de 2024
Firme e hirto como uma barra de ferro
Não sei se foi pelos 16 de Maio ou pela Senhora de Antime, talvez fosse pelo Natal ou então ocorreu num dia qualquer, anónimo, sem atributos que o destaquem ou recomendem. Mas aconteceu. Uma vez, um artista hipnotizador, quiçá mentalista e certamente ilusionista veio dar um espectáculo ao nosso Cinema e eu, que era mocico e pobre, não entrei, não vi, porque era preciso pagar bilhete para entrar. E era uma bonita tarde de sol. Para chamar povo como no Poço da Morte dos 16 de Maio e da Senhora de Antime, o artista hipnotizador, quiçá mentalista e certamente ilusionista fez cá fora, na Rua Monsenhor Vieira de Castro, o famoso número de conduzir um carro com os olhos vendados, naquele bocado de estrada entre a esquina do Santo Velho e o ateliê do Zé Manel Carriço, exactamente nesse sentido, que era permitido na altura, nem cem metros sempre em linha recta, assim também eu, foi o que então pensei, e no entanto ainda hoje não sei conduzir nem tenho carta de condução, com os olhos abertos ou fechados. O número terá sido feito cá fora de mais a mais porque lá dentro decerto não daria jeito, cheguei também a essa importante conclusão aqui atrasado, quando finalmente percebi que o bonito Teatro-Cinema de Fafe, apesar de realmente glorioso e frequentemente "icónico", é muito mais pequeno do que eu o supunha no meu tempo.
Esperei pelas horas à sombra, no passeio em frente, fazendo malha com o cotão dos bolsos, discretamente, encostado à histórica casa-mãe dos Summavielles, como já lhe chamei, e que era pouso habitual. No final da função, os ilustres que pagaram para entrar e ver disseram-me que aquilo lá dentro não prestou, que não valera o dinheiro. Felizmente para eles, a saída era de graça...
O artista talvez fosse o Professor Karma, esse extraordinário e irrefutável hipnotizador de galinhas, lembrei-me agora, mas de momento não estou em condições de o afiançar sem correr risco de levar com um par de desmentidos no focinho. Era, em todo o caso, "um" Professor Karma, ainda que vestisse outro nome mais ou menos estrambólico. O grande Zandinga, haveria eu de conhecê-lo pessoalmente, alguns anos mais tarde, numa noitada para lá de estranha, no Porto, e Alexandrino, o cromo do "firme e hirto como uma barra de ferro" a quem Herman José deu fama, é muito mais recente.
Em Fafe apareciam de vez em quando uns fenómenos assim, prontos a facturar sem serem convidados, e uma ocasião até nos quiserem impingir espectáculos de luta livre nos antigos Bombeiros, com cartazes sugestivos, os sensacionais Tarzan Taborda, José Luís, Carlos Rocha e tudo, vindos directamente do Coliseu dos Recreios, do Parque Mayer e do Pavilhão dos Desportos de Lisboa. Eu conto falar proximamente de mais algumas dessas extraordinarices fafenses, antigas, na linha do artista hipnotizador, quiçá mentalista e certamente ilusionista armado em cego que nos veio enganar a preço eventualmente módico numa bonita tarde de sol. Os fafenses de hoje em dia não fazem ideia da sorte que têm com a programação que lhes colocam actualmente ao dispor, do melhor que pode ser visto e ouvido em Portugal, e digo isto apenas por inveja retroactiva e, por uma vez, sem ponta de cinismo.
P.S. - Publicado ontem, nesta versão de mãos largas, no meu blogue Tarrenego! Estamos no Natal, meus meninos!...
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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
25 de Abril, sempre!
João Afonso, na próxima sexta-feira, 29 de Novembro, pelas 21h30, no Teatro-Cinema de Fafe. Concerto integrado nas comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril em Fafe. Mais informação, aqui.
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Banda de Revelhe em concerto
No próximo domingo, dia 24 de Novembro, pelas 17 horas, o Teatro-Cinema acolhe o concerto comemorativo do 170.º aniversário da Banda de Revelhe - Sociedade Filarmónica Fafense. A entrada é livre, mediante apresentação de bilhete que pode ser levantado na Loja de Turismo de Fafe.
terça-feira, 29 de outubro de 2024
Corra, antes que esgote!
Foto Hernâni Von Doellinger |
Marisa Liz, Miguel Araújo e António Zambujo voltam a Fafe, em Dezembro, para o encerramento das comemorações dos 100 anos do Teatro-Cinema. Marisa Liz a 7, Miguel Araújo a 13, António Zambujo a 21. Cartaz de luxo.
E é extraordinário! O espectáculo de Marisa Liz "esgotou" logo após ter sido anunciado, como costuma acontecer naquelas terrinhas cómicas onde, há quem diga, os do costume abarbatam-se primeiro aos bilhetes e só depois colocam o restinho à venda, mas Fafe não é certamente assim, como, de resto, o Município se apressou a explicar.
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quinta-feira, 10 de outubro de 2024
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Nada na mão, nada na manga
Não sei se foi pelos 16 de Maio ou pela Senhora de Antime, talvez fosse num dia qualquer. Uma vez, um artista hipnotizador e decerto ilusionista veio dar um espectáculo ao nosso Cinema e eu, que era mocico, não vi, porque era preciso pagar bilhete. E era uma bonita tarde de sol. Para chamar povo como no Poço da Morte dos 16 de Maio e da Senhora de Antime, o artista hipnotizador e talvez ilusionista fez cá fora, na Rua Monsenhor Vieira de Castro, o famoso número de conduzir um carro de olhos vendados, naquele bocado entre a esquina do Santo Velho e o ateliê do Zé Manel Carriço, exactamente nesse sentido, que era permitido na altura, nem cem metros sempre em linha recta, assim também eu, foi o que então pensei, e no entanto ainda hoje não sei conduzir. O número terá sido feito cá fora de mais a mais porque lá dentro decerto não daria jeito, cheguei também a essa conclusão aqui atrasado, quando percebi que o Teatro-Cinema de Fafe, apesar de realmente glorioso, é muito mais pequeno do que eu o supunha no meu tempo. Esperei pelas horas à sombra, no passeio em frente, encostado à casa-mãe dos Summavielles, como já lhe chamei. No final, os ilustres que pagaram para entrar disseram-me à saída que aquilo não prestou. Felizmente para eles, a saída era de graça...
Em Fafe apareciam de vez em quando uns fenómenos assim, e até nos quiserem impingir espectáculos de luta livre nos antigos Bombeiros, com cartazes sugestivos, os sensacionais Tarzan Taborda, José Luís, Carlos Rocha e tudo, vindos directamente do Coliseu dos Recreios, do Parque Mayer e do Pavilhão dos Desportos de Lisboa. Eu conto falar proximamente de mais algumas dessas extraordionarices fafenses, antigas, na linha do artista hipnotizador e talvez ilusionista armado em cego que nos veio enganar numa bonita tarde de sol. Os fafenses de hoje em dia não fazem ideia da sorte que têm com a programação que lhes colocam ao dispor, e digo isto apenas por inveja retroactiva e sem ponta de cinismo.
P.S. - David Copperfield, famoso mágico e ilusionista norte-americano, nasceu no dia 16 de Setembro de 1956, chamando-se David Seth Kotkin. Também conhecido como Luís de Matos de Metuchen, Copperfield nunca veio a Fafe, e o prejuízo é dele.
Em Fafe apareciam de vez em quando uns fenómenos assim, e até nos quiserem impingir espectáculos de luta livre nos antigos Bombeiros, com cartazes sugestivos, os sensacionais Tarzan Taborda, José Luís, Carlos Rocha e tudo, vindos directamente do Coliseu dos Recreios, do Parque Mayer e do Pavilhão dos Desportos de Lisboa. Eu conto falar proximamente de mais algumas dessas extraordionarices fafenses, antigas, na linha do artista hipnotizador e talvez ilusionista armado em cego que nos veio enganar numa bonita tarde de sol. Os fafenses de hoje em dia não fazem ideia da sorte que têm com a programação que lhes colocam ao dispor, e digo isto apenas por inveja retroactiva e sem ponta de cinismo.
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sexta-feira, 6 de setembro de 2024
Until the fat lady sings
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Foto Município de Fafe |
Mas, infelizmente, uma coisa é o parêntese do meu sonho e outra bem diversa a exigência da realidade. Portanto, a ópera passou outro dia por Fafe e apresentou-se no Pavilhão Multiusos. E li que foi uma enorme enchente de povo e um considerável sucesso artístico. Fiquei contente de saber. A ópera, já dizia o Evaristo do Pátio das Cantigas, é música própria para operários, e só é pena que estejam tantas fábricas a fechar.
O touro, um Miura rondando os 650 quilos, assomou à boca de cena e agradeceu, composto e patriótico: - Gracias, muchas gracias!...
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quinta-feira, 8 de agosto de 2024
"Memórias da Ditadura", em Fafe
O livro "Memórias da Ditadura - Sociedade, Emigração e Resistência" é apresentado amanhã, sexta-feira, 9 de Agosto, pelas 21h30, no Salão Nobre do Teatro-Cinema de Fafe.
Esta edição bilingue, realizada com o apoio institucional da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, é concebida pelo historiador Daniel Bastos, a partir do espólio inédito de Fernando Mariano Cardeira, e traduzida por Paulo Teixeira.
A iniciativa, antecedida pela inauguração de uma exposição fotográfica de Fernando Mariano Cardeira, alusiva à emigração portuguesa dos anos 60, que será protocolarmente doada ao Museu das Migrações e das Comunidades, integra-se na Festa do Emigrante que decorre de 2 a 10 de Agosto, em Fafe.
segunda-feira, 13 de maio de 2024
Eu seja ceguinho, disse o invisual
Havia um cego que tinha olho. Era de fora, o cego, não me lembro de onde é que vinha nem quem o trazia, mas ele fazia a feira de Fafe, todas as semanas, e safava-se mais ou menos, segundo me parecia. Às quartas-feiras, sem falta, parava à beira da minha rua, o Santo Velho, entre o tasco do Zé Manco e a loja das Turicas, na Rua Monsenhor Vieira de Castro, encostado à parede das casas sem passeio, decerto para aproveitar também as revoadas de povo da Fábrica de Ferro que por ali passava obrigatoriamente nas horas de troca de turnos. Eu bem disse, o homem era cego, mas tinha olho.
Vinha o cego e a mobília, isto é, a bengala de madeira pintada às listas brancas e vermelhas como a camisola do Leixões, mas na horizontal, um banco velho e o acordeão. Era um cego cantor. Cantor, pobre e pedinte, como a maioria dos cegos portugueses daquele tempo. O nosso prodigioso Augusto Fera era uma honrosa excepção. E o nosso Belinho, outro que tal. De resto, as saídas profissionais dos cegos, naquela altura, resumiam-se, regra geral e lotarias à parte, às esquinas e às cantigas, de preferência acompanhadas à sanfona. O acordeão fazia parte do curso de cego. O cego das nossas quartas-feiras cantava em tons trágicos e rima fácil aquelas estórias de amor e ciúme, faca e alguidar, que anos mais tarde são agora o ganha-pão das nossas televisões e dos nossos jornais. E, se bem me lembro, vendia folhetos impressos com os tenebrosos versos das tragédias reveladas e ainda com mais pormenores, mais desenvolvimento, a papelada presa por alfinetes ao casaco remendado e grande. Era o cordel, como ainda hoje se usa no Brasil.
Muito gostava eu de o ouvir! Éramos praticamente amigos, eu e o cego. Falávamos. Sabia-lhe as cantorias todas de cor, menos as novas, sempre dependentes da mais recente e escabrosa actividade criminal. O cego era, à sua maneira e para meu enlevo, mais uma atracção de feira, um espectáculo, Deus me perdoe. E apreciava-lhe também os intervalos repentinos, cirúrgicos, mal se precatava de passos à distância, e então, teatralmente, estendia a mão à caridade e declamava em voz arrastada, dramática, pungente, martelando sílaba a sílaba, e com potência de megafone: - Uma esmolinha ao ceguinho! Uma esmolinha!! Senhor! Senhora! Olhe que é muito triste não poder ver...
Caía a esmola ou não, o cego às vezes não sabia, por razão de força maior, mas rematava sempre, num golpe de mestre: - Muito obrigado, senhor! Muito obrigado, senhora! Deus lhe conserve a vistinha!
Eu apetecia-me aplaudir. E, mais, já tinha visto Laurence Olivier no cinema e na televisão.
Ceguinho. Isso. O cego dizia "olhe", molageiro. Castigador. A minha mãe tinha razão. A minha mãe tinha sempre razão, e agora ainda tem mais, derivado à idade, e a minha irmã Nanda é que aguenta. Mas então. A minha mãe não me deixava chamar cego ao cego, era O Ceguinho, olha o respeito!, e quem for de Fafe sabe muito bem a estima que colocamos no sufixo inho/inha, que tão amiúde utilizamos ou pelos menos utilizávamos. Até O Ceguinho, coitadinho, dizia que era cego, ceguinho, mas hoje em dia estaria enganado e seria severamente corrigido, parece tolo o raio do cego! Não. Pessoas de bem, modernas, civilizadas, cultas, vigilantes, palavristas, dir-lhe-iam que agora é invisual, não há cá cegos nem ceguinhos, isso só para os árbitros de futebol e devagarinho.
Dizem-me que o cego é invisual, e eu não me acredito. Ou então, se o cego é invisual, o surdo é insonoro, sim, insonoro. E o manco é impodal e o maneta é imanual. É! Uma geral, nem mais nem menos. Aqui não há filhos e enteados. Esta terra de invisuais e quem possui um olho é monarca, já foi chão que deu uvas. Ou há moralidade ou comem todos. E só não vê isto quem não quer. Mas lá está, como diz o povo e com razão, o pior invisual é aquele que se recusa a vislumbrar...
P.S. - Publicado aqui originalmente no dia 10 de Outubro de 2023. Como combinado, estamos a recordar alguns dos meus textos alusivos ou de certa forma ligados aos nossos 16 de Maio, isto é, às Feiras Francas de Fafe, à nossa ruralidade antiga e irrevogável.
Vinha o cego e a mobília, isto é, a bengala de madeira pintada às listas brancas e vermelhas como a camisola do Leixões, mas na horizontal, um banco velho e o acordeão. Era um cego cantor. Cantor, pobre e pedinte, como a maioria dos cegos portugueses daquele tempo. O nosso prodigioso Augusto Fera era uma honrosa excepção. E o nosso Belinho, outro que tal. De resto, as saídas profissionais dos cegos, naquela altura, resumiam-se, regra geral e lotarias à parte, às esquinas e às cantigas, de preferência acompanhadas à sanfona. O acordeão fazia parte do curso de cego. O cego das nossas quartas-feiras cantava em tons trágicos e rima fácil aquelas estórias de amor e ciúme, faca e alguidar, que anos mais tarde são agora o ganha-pão das nossas televisões e dos nossos jornais. E, se bem me lembro, vendia folhetos impressos com os tenebrosos versos das tragédias reveladas e ainda com mais pormenores, mais desenvolvimento, a papelada presa por alfinetes ao casaco remendado e grande. Era o cordel, como ainda hoje se usa no Brasil.
Muito gostava eu de o ouvir! Éramos praticamente amigos, eu e o cego. Falávamos. Sabia-lhe as cantorias todas de cor, menos as novas, sempre dependentes da mais recente e escabrosa actividade criminal. O cego era, à sua maneira e para meu enlevo, mais uma atracção de feira, um espectáculo, Deus me perdoe. E apreciava-lhe também os intervalos repentinos, cirúrgicos, mal se precatava de passos à distância, e então, teatralmente, estendia a mão à caridade e declamava em voz arrastada, dramática, pungente, martelando sílaba a sílaba, e com potência de megafone: - Uma esmolinha ao ceguinho! Uma esmolinha!! Senhor! Senhora! Olhe que é muito triste não poder ver...
Caía a esmola ou não, o cego às vezes não sabia, por razão de força maior, mas rematava sempre, num golpe de mestre: - Muito obrigado, senhor! Muito obrigado, senhora! Deus lhe conserve a vistinha!
Eu apetecia-me aplaudir. E, mais, já tinha visto Laurence Olivier no cinema e na televisão.
Ceguinho. Isso. O cego dizia "olhe", molageiro. Castigador. A minha mãe tinha razão. A minha mãe tinha sempre razão, e agora ainda tem mais, derivado à idade, e a minha irmã Nanda é que aguenta. Mas então. A minha mãe não me deixava chamar cego ao cego, era O Ceguinho, olha o respeito!, e quem for de Fafe sabe muito bem a estima que colocamos no sufixo inho/inha, que tão amiúde utilizamos ou pelos menos utilizávamos. Até O Ceguinho, coitadinho, dizia que era cego, ceguinho, mas hoje em dia estaria enganado e seria severamente corrigido, parece tolo o raio do cego! Não. Pessoas de bem, modernas, civilizadas, cultas, vigilantes, palavristas, dir-lhe-iam que agora é invisual, não há cá cegos nem ceguinhos, isso só para os árbitros de futebol e devagarinho.
Dizem-me que o cego é invisual, e eu não me acredito. Ou então, se o cego é invisual, o surdo é insonoro, sim, insonoro. E o manco é impodal e o maneta é imanual. É! Uma geral, nem mais nem menos. Aqui não há filhos e enteados. Esta terra de invisuais e quem possui um olho é monarca, já foi chão que deu uvas. Ou há moralidade ou comem todos. E só não vê isto quem não quer. Mas lá está, como diz o povo e com razão, o pior invisual é aquele que se recusa a vislumbrar...
domingo, 14 de abril de 2024
António-Pedro Vasconcelos, o fafense
Foto FafeTV |
Era uma vez, há doze anos, manifestei a minha mais simplória estranheza derivada ao facto de Fafe, a minha terra, ter perfilhado o cineasta portuense Manoel de Oliveira e até lhe ter dado de prenda uma sala de cinema, isto é, ter dado o nome de Manoel de Oliveira à Sala Manoel de Oliveira do Teatro-Cinema de Fafe. Não percebi de onde é que se desencravou a extraordinária ideia, a eventual razão da coisa, que relação haveria ali, e até escrevi na altura: "ainda me hei-de rir quando (e se) conseguir perceber porquê".
Ainda não percebi. Estou há doze anos sem me rir, e tanta seriedade já me faz diferença.
O cineasta António-Pedro Vasconcelos, aliás APV, ali em Cima da Arcada na melhor companhia do mundo, com o Senhor Francisco Oliveira, nasceu em Leiria e viveu geralmente em Lisboa, mas vinha amiúde e em miúdo a Fafe, "onde tinha e tem família", segundo leio e ouço na FafeTV. Em 2015, homenageado na quinta edição do Fafe Film Fest, e a fotografia há-de ser certamente dessa ocasião, APV, o cineasta que queria que as pessoas vissem cinema, fez questão de dizer, coisa linda: "Nasci, acidentalmente, em Leiria, mas considero-me um homem do Norte e, em particular, de Fafe, terra onde vivi parte da minha infância".
Perante tamanho confessamento de fafismo, que eu, verdade seja dita, por acaso até desconhecia, a benemerente Câmara de Fafe, se deu ao outro uma sala, ao outro que não nos pertence, que não nos é nada, a este, ao António-Pedro, que se reclamava nosso, de borla, e por isso é efectivamente nosso, com todo o direito, tem de dar pelo menos um salão. Isso, um salão, nem que seja ao ar livre. Até estou a ver, com luzinhas e estrelinhas a acender e a apagar, no meio do Largo, música de John Williams, passadeira vermelha e holofotes à Hollywood apontando ao céu: "Salão António-Pedro Vasconcelos"...
Ou então que mandem o APV para a bicha, como fizeram com o escritor também nosso João Ubaldo Ribeiro.
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