sábado, 29 de junho de 2024
Trazei-me cá o martelo, caralho!
Mas havia altifalantes, e urgências são urgências. A meio do "Carrapito da Dona Aurora", que estava a correr tão bem, alguém corta o pio aos do Conjunto António Mafra, sopra asmaticamente no velho microfone Philips, "um, dois, um, dois, experiência", e, desassossegando a aldeia inteira, grita na maior das aflições:
- Atenção, muita atenção! Ó Silva, trazei-me cá o martelo, caralho!...
Insondáveis são
P.S. - Acreditai em mim, porque em verdade vos digo: hoje é Dia Internacional da Lama.
sexta-feira, 28 de junho de 2024
As orelhas andam geralmente aos pares
As orelhas produzem cera, cotão e pêlos, materiais altamente combustíveis. As orelhas ardem: se for a orelha direita, é porque estão a dizer bem de nós; se for a orelha esquerda, é porque nos estão a rogar na pele. É o que diz o povo. Se arderem as duas orelhas ao mesmo tempo, o melhor é chamar os bombeiros. As orelhas também deitam fumo sem fogo, pelo menos nos desenhos animados.
Existem várias qualidades de orelhas, como por exemplo orelhas de elfo, orelhas de abano, orelhas de rato, orelhas de gato, orelhas-de-lebre, orelhas-de-ovelha, orelhas de macaco, orelhas-de-abade, orelhas-de-judas, orelhas moucas, orelhas-de-mula e, passando à política, orelhas de burro.
As orelhas doem e quando doem chamam-se ouvidos e muitos nomes feios. As orelhas são vizinhas de porta do esternocleidomastóideo, que é o músculo mais famoso do mundo à pala do Vasquinho da Anatomia. As orelhas, em situações extremas, servem também para a nossa alimentação. Neste caso, para disfarçar, chamam-se orelheira. Em tempos de crise como os que vivemos, e agora com a entrada do Verão, é preferível que se sirva fria, como a vingança, mas com molho-verde.
Às vezes as orelhas dão jeito para ouvir. Ouvir é geralmente bom e é derivado às orelhas. Eu gosto muito de orelhas e tenho duas. De momento.
quinta-feira, 27 de junho de 2024
quarta-feira, 26 de junho de 2024
Fafe e zumba, uma velha tradição
Fafe e o zumba são uma história que vem de longe, secular. Se há tradição em Fafe, para além da Justiça de Fafe, essa tradição é o zumba. Como se diz em Fafe por tudo e por nada, o zumba é icónico. E dou os parabéns ao Município por tudo o que fez e faz para manter viva esta tão entranhada e ancestral relação, Fafe-zumba, zumba-Fafe, trazendo-a para a rua, universalizando-a e, sinal dos tempos, bissexualizando-a. Antigamente era o zumba na caneca, amplamente praticado no segredo dos tascos sobretudo por homens, hoje em dia é o zumba colombiano levado a efeito sobretudo por mulheres que se abanam alegremente em plena luz do dia, no meio da cidade. Os velhos resistentes do zumba na caneca é que não são tolos, disfarçam, camuflam-se com as paredes, mironam, espreitam, ficam na bancada de olhos esbugalhados, a bater o pezinho e a fazer contas de cabeça, mas sem perder pitada. E isso, é preciso que se diga, é de homem!
A ordem natural das coisas
terça-feira, 25 de junho de 2024
Os Bítalas
O mundo e mais nada
P.S. - A Intendência-Geral da Polícia da Corte e do Reino foi criada no dia 25 de Junho de 1760.
Jornalista, disse ele
- Profissão?
- Jornalista.
- Imprensa, televisão, rádio, agência noticiosa ou multimédia?
- Câmara municipal.
P.S. - Dia Nacional do Multimédia.
Os navios que entram a barra
segunda-feira, 24 de junho de 2024
domingo, 23 de junho de 2024
As marchas populares
sábado, 22 de junho de 2024
Não praticante
sexta-feira, 21 de junho de 2024
Filarmónicos e outros copofónicos
O Texas, o nosso Texas, o verdadeiro Texas, era a preto e branco como o regime que nos apertava os calos e tinha, após o balcão, um reservado com vista para a cozinha e para os campos do Santo, onde hoje se ergue o cimento do Pavilhão Municipal. Foi no nosso Texas, na sala da frente, que eu vi na televisão os jogos de Portugal no Mundial de 1966. Eu e a RTP éramos miúdos praticamente da mesma idade. Ao Texas fui com o meu pai, no Texas confraternizei com os músicos antigos da Banda de Revelhe, que tinha casa de ensaio ali a dois compassos, coisa tão a calhar, aprendi com o querido Senhor Ferreira do Hospital ou com o Queirós, meu camarada bissexto na fábrica e provavelmente o melhor tintureiro do mundo, desse-se o caso extraordinário de ele aparecer ao trabalho...
(Isso. O Texas era como se fosse uma segunda casa de ensaio da Banda de Revelhe, centro de convívio líquido, a verdadeira sede da agremiação. Músicos e apaixonantes reuniam-se e discutiam ali, à volta de umas valentes infusas de vinho verde. Falava-se de música, cortava-se na casaca, dizia-se mal da Banda de Golães, faziam-se ateimas, celebrava-se a vida. Quando o meu pai foi para França, os compinchas que ficaram, incluindo o meu padrinho e tio Américo, irmão do meu pai, o Chico Silva da Sargaça, o Toneta e outros que tais escreviam-lhe de vez em quando mandando-lhe novidades de Fafe, da banda e do tasco, e, malandros, castigadores, costumavam carimbar a assinatura colectiva da missiva com um fundo de caneca esborratado de tinto matão, acirrando-lhe saudades e apetites. Lembro-me como se fosse hoje.)
Vamos dizer, então, que o Texas, o nosso, era uma casa de pasto - sem ofensa para todos os verdadeiros americanos do faroeste, incluindo gado cavalar e vacum. As portas do Texas eram verdes, mas não eram de saloon, de ida e volta. Cobóis, apareciam alguns, sobretudo às quartas-feiras, armados de varapaus, porém não me lembro de tiros, e os índios era como se fossem da família. Naquele tempo em Fafe, terra de paz e amor, matava-se mais à sacholada, domesticamente, e a Justiça de Fafe era um postal com quadras bairristas do meu vizinho Zé de Castro, poeta-cauteleiro, o nosso Aleixo. Borracheiras havia-as, e eram acontecimento de alta patente, é preciso que se note. Não tínhamos xerife, mas tínhamos o Chester, tínhamos o regedor de pistolete à cinta e tínhamos o Miguel Cantoneiro, que padecia de uma questão com os erres e, para todos os efeitos, também era autoridade. Às vezes, quando não era precisa, também tínhamos polícia.
Em todo o caso: o Texas foi sempre um sítio pacífico enquanto esteve nas nossas mãos. Quando foi para a América é que se tornou perigoso.
quinta-feira, 20 de junho de 2024
Ele, elas e a salada russa
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Foto Hernâni Von Doellinger |
quarta-feira, 19 de junho de 2024
Festas da Senhora de Antime 2024
terça-feira, 18 de junho de 2024
segunda-feira, 17 de junho de 2024
O almário
Almário, digo agora eu, seria igualmente bonito se entendido como aquele cómodo da casa ou de nós onde guardamos os sentimentos, todos os nossos estados de alma, uma espécie de almazém. Isso mesmo, almazém, leram bem, não é engano. Almazém, que era como também se dizia armazém em Fafe. E estava certo, almazém. E está certo! E se, por outro lado, almazém pudesse ser, proponho, um armazém de almas? De almários?
domingo, 16 de junho de 2024
sábado, 15 de junho de 2024
Vá para dentro!
O senhor do monte
P.S. - Hoje é Dia Mundial do Vento.
sexta-feira, 14 de junho de 2024
quinta-feira, 13 de junho de 2024
Metia-se a cotio
quarta-feira, 12 de junho de 2024
E o manguito do Bordalo?
E antes que me esqueça: por exemplo, o jogo do pau. Porque não? Ou o berlinde, a carica, o pião, o espeto, a macaca, o moche, o tene, a cabra-cega, o arranca-cebolas, o mamã-dá-licença, o esconde-esconde. Ou o jogo da malha. Ou o jogo da bisca. Ou o jogo Benfica-CUF de 22 de Março de 1959. Porque não?
Por exemplo, as Janeiras, os Reis, as novenas, o terço e a bênção do Santíssimo. Porque não? As marchas de Lisboa e as rusgas do Porto e o Pai das Orelheiras e o carnaval de Ovar e a bicha das sete cabeças e a chega de bois e as "Velhas" da Terceira e as adufeiras de Monsanto e a Justiça de Fafe e os zés-pereiras e os cabeçudos e os gigantones. Ou a cantiga no duche, ou a lengalenga do avô, ou a arenga de bêbado, ou o apita-o-comboio, ou o atirei-o-pau-ao-gato, ou o areias-era-um-camelo. Ou o canto pimba, ou o canto neiro. Porque não?
Por exemplo, os ranchos folclóricos, os conjuntos típicos, a Maria Albertina e o António Mafra, os grupos excursionistas, os motoclubes e as motosserras. Ou as bandas de música, filarmónicas e copofónicas. Porque não? Ou os bandos de malfeitores, banqueiros ou governantes, os salgados e os doces, da alheira de Mirandela ao pastel de Belém. Porque não?
Por exemplo, o manguito do Bordalo. Ou o caralho das Caldas. Porque não?
Por exemplo, o assobio. Porque não?
É património até dar com um pau. É património sem mãos a medir. Somos um país para o Guinness. Com assinalável pertinácia, Portugal mete os dedos à boca e vomita património imaterial da humanidade por todos os lados. Um destes dias, sem darmos fé, estamos todos condecorados. Da cabeça aos pés.
terça-feira, 11 de junho de 2024
Não andei contigo na escola!
Uma questão de nível
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Foto Hernâni Von Doellinger |
segunda-feira, 10 de junho de 2024
As galochas, da parolice à passarela
Portugal era em Fafe
Pois Portugal ainda lá está, em Fafe, que é o seu sítio. O Largo de Portugal. Volvidos tantos anos, não sei se mantém os seus poderes intocados, os poderes que eu sei que Portugal tinha. A envolvência - isto é, Picotalho, Cavadas e tudo - foi escangalhada pelo progresso, que passa ali ao lado armado em auto-estrada a mais de mil à hora. Questão de urbanismo. Os portugalenses serão também certamente outros, gentes de maiores posses e novos saberes. Mas a "cabine" continua, firme e hirta, como castelo altaneiro, quero crer que ainda e sempre ligada ao negócio do retalho energético, alta tensão, perigo de morte. Viva Portugal! Viva Fafe! Abençoada terra que tem um país inteiro num largo dentro de si.
domingo, 9 de junho de 2024
A feira como manda o figurino
"A próxima edição da Feira Tradicional - promovida pelo Rancho Folclórico de Fafe - terá lugar no dia 10 de junho, a partir das 9h00 e até às 18h00 horas, na Praça 25 de Abril, coração da cidade, onde durante muitos anos se realizou a feira semanal do concelho de Fafe.
Durante todo o dia, vão marcar presença vários expositores trajados a rigor, à época, com produtos agrícolas, louças, barros, fumeiro, doces tradicionais, artesanato e peças típicas da região, como os xailes, os lenços, as meias de lã, os cestos e os açafates. Estarão também presentes a padeira da região, o vinho verde, as pataniscas, o chouriço e a broa.
Não faltarão os pregões das vendedeiras ambulantes e os agricultores não deixarão de trazer até à cidade os seus produtos caseiros, como as batatas, os legumes, bem assim os seus animais domésticos, os belos exemplares bovinos, ovinos, caprinos e outros. Ao longo do dia a animação é garantida também com concertinas, jogos tradicionais, cantares e danças folclóricas.
Estará assim criado um ambiente perfeito para o regresso à memória da vida no campo e às vivências individuais e coletivas do mundo rural do século XIX.
A Feira de 10 de junho é uma tradição em Fafe que permite apresentar a todos um cenário fidedigno dos usos e costumes de um povo, que o Rancho Folclórico de Fafe todos os anos evoca, recria e nos transporta à pureza das feiras que se realizavam há muitos, muitos anos.
Não perca esta viagem ao passado!"
Adeus, até ao meu regresso
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Foto Tarrenego! |
O aerograma foi um enorme sucesso durante a Guerra Colonial. Era o meio de comunicação preferido entre as famílias cá na então chamada metrópole e os militares enviados lá para o então chamado Ultramar, para o campo de batalha do regime. O aerograma matava saudades entre Portugal e África, e era uma matança porreira, ao contrário da outra, que doía mais. Mas também inventava amores, alimentava namoros, alcovitava casamentos. Contava histórias, quer-se dizer.
Em Fafe, os aerogramas eram vendidos no palacete do Grémio da Lavoura, onde hoje se instala o Arquivo Municipal. Entrava-se pela porta das traseiras, e está certo, porque a guerra era uma vergonha e as vergonhas devem ser escondidas. Eu ia comprar aerogramas para a Mila Tripa, que se tornara madrinha de guerra do soldado Valentim que eu não conhecia. Nem ela. A Mila trabalhava na Fábrica Alvorada e era como se morasse connosco, no Santo, era da família a bem dizer, uma espécie de tia e irmã mais velha, mulher extraordinária que o tempo me obrigou a admirar e respeitar cada vez mais.
Os aerogramas eram oficialmente grátis e já não me lembro quanto é que custavam realmente. Que se segue? Aerograma para lá, aerograma para cá, fotografia para cá, fotografia para lá, e poupando nos pormenores, a Mila e o Valentim passaram naturalmente a namorados e noivaram por correspondência. O soldado Valentim deixou as pernas na guerra, mas voltou homem inteiro e bom. Ele e a Mila casaram. E foi um final feliz.
Noutros casos, não. Às vezes os aerogramas não vinham. Chegava um telegrama. Um telegrama e a seguir um caixão. Vi disso em Fafe naqueles anos cinzentos. Apesar da meninice, vivi-o e senti-o profundamente. Vezes demais. Quarenta jovens militares fafenses morreram na Guerra do Ultramar. O funeral do Zeca Lopes - que era dos nossos, da nossa rua - marcou-me para toda a vida. Creio que há coisa de trinta anos escrevi para a rádio nacional uma crónica a pretexto deste episódio que me persegue, mas não sei dela, alguém de Fafe pediu-ma, mandei-a e decerto perdeu-se. Perdi-a. E assim não me resolvo.
O sítio onde Fafe mora
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Foto Município de Fafe |
O Arquivo Histórico é um repositório da Memória de Fafe, e o seu acervo documental compreende-se entre os séculos XIX e XXI. Dispõe de 40 fundos e colecções. O seu documento mais antigo data de 1513 e trata-se do Foral Manuelino atribuído à Terra e Concelho de Monte Longo, a 5 de Novembro, no reinado de D. Manuel I.
O espaço, equipado com tecnologia recente, como estantes rolantes e equipamentos de higienização e expurgo para contenção de infestações, tem capacidade para armazenar cerca de 4500 metros lineares em estanteria compacta.
O Arquivo Municipal abriu ao público em 2022, tendo acolhido diversas exposições, colóquios e conferências, tornando-se, desta forma, um importante pólo cultural da cidade, defendendo a missão de serviço público para a preservação e defesa da história local e do nosso património."
sábado, 8 de junho de 2024
Por te cruzarmos, quantas mães choraram!
sexta-feira, 7 de junho de 2024
Cogumelos e outras divagações
O meu telemóvel é um telefone e foi por causa disso que o comprei. Para fazer e receber chamadas. Portanto só quando cheguei a casa é que pude vir aqui ao ilustre computador procurar os cogumelos de raça "mediúcre". Ou da espécie "mediúcre". Ou marca "Mediúcre", com 25 por cento de desconto em cartão. Não encontrei. Mas fiquei a saber que, tecnicamente falando, haverá cogumelos mortais e cogumelos tóxicos, cogumelos aptos para consumo ou cogumelos não aptos para consumo, cogumelos excelentes ou cogumelos... medíocres. Medíocres! Então era isso que a rapaziada queria dizer. Medíocre.
quinta-feira, 6 de junho de 2024
Faroleiros no Parlamento Europeu
quarta-feira, 5 de junho de 2024
Nós, os imigrantes
Ligeiramente chateada nos pólos
Foto Hernâni Von Doellinger |
Por outro lado. Já repararam como o hemisfério norte encaixa tão bem no hemisfério sul, e ficam ali os dois hemisférios hermeticamente atarraxados no equador e às voltas ao Sol, sem uma folga, e sem entornarem a respectiva água dos oceanos, apesar do supracitado amuo da Terra? É um mistério. O mistério dos hemisférios. Penso muito nisto, sobretudo por causa dos peixes, coitadinhos...
Abana mas não cai
terça-feira, 4 de junho de 2024
A invasão das pegas
Não sei o que é que aconteceu entretanto, mas hoje em dia as pegas estão em todo o lado, às centenas, e se calhar aos milhares, não estou é para as contar. Decerto derivado ao Parque da Cidade do Porto, o bendito Parque da Cidade do Porto, as pegas instalaram-se de armas e bagagens em todas as redondezas da Invicta e particularmente aqui nesta zona de Matosinhos, que lhe fica mesmo ao lado. A minha rua está agora constantemente cheia de pegas, e eu por acaso gosto de vê-las e até, em dias mais bem dispostos, de ouvi-las, mas não as procuro, nem é preciso.
É realmente uma invasão. A invasão das pegas. Mas também de melros, há que dizê-lo em abono da verdade, e ultimamente de papagaios, que andam por aí aos bandos, desorientados e barulhentos, num falatório que só visto. Pegas, melros e papagaios. Não sei o que é que se passa com o mundo.
(Publicado originalmente no meu blogue Tarrenego!)
"Memórias da Ditadura", no Porto
O livro "Memórias da Ditadura - Sociedade, Emigração e Resistência" é apresentado no Porto, no próximo sábado, dia 8 de Junho, pelas 16 horas, na Livraria Unicepe, à Praça de Carlos Alberto. A obra, concebida e realizada por Daniel Bastos, a partir do espólio fotográfico inédito de Fernando Mariano Cardeira, antigo oposicionista, militar desertor, emigrante e exilado político, tem edição bilingue (português e inglês), traduzida por Paulo Teixeira, e é prefaciada pelo historiador e investigador José Pacheco Pereira, que se encarregará da apresentação.
segunda-feira, 3 de junho de 2024
domingo, 2 de junho de 2024
sábado, 1 de junho de 2024
O rato de biblioteca
Revoltaram-se portanto os ratos. Organizaram-se. Chegada a horinha, meteram-se na fila, esperaram pela vez respectiva, marcaram o ponto e abandonaram ordeiramente o navio. Foram os últimos a sair. E apagaram a luz. Já em terra firme, os ratos dirigiram-se sem mais delongas à montanha que os pariu e roeram a rolha da garrafa do rei da Rússia. Todos, menos o Alcides, que era um rato de biblioteca e foi para o Café Avenida ler "A Saga/Fuga de J.B.", de Gonzalo Torrente Ballester.
Bruxedos e outros medos
Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao por...
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O polvo é um octópode. Duas burras do Reigrilo também. P.S. - Hoje é Dia Mundial do Polvo.
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Todos os meses de Julho de todos os anos, o aviso lá estava bem visível à porta de entrada, para orientação de pessoal, clientes e público e...
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Foto Hernâni Von Doellinger Ora vamos lá recapitular. Os jardins era uma coisa que existia antigamente. Como os castelos, as pinturas rupest...