sexta-feira, 3 de março de 2023

Campos de férias

Todos os meses de Julho de todos os anos, o aviso lá estava bem visível à porta de entrada, para orientação de pessoal, clientes e público em geral: "Campos de férias!", dizia o letreiro. E fazia todo o sentido, porque a verdade é só uma - o Campos era a alma daquela empresa, passava-lhe tudo pelas mãos. Na ausência do Campos, o serviço ressentia-se, era como se estivessem fechados, o próprio Campos não se cansava de o repetir.
Lembram-se daquele ilustre industrial fafense que veio de férias do Ultramar e a guerra teve de parar até que ele regressasse à mata? O Campos também era assim, essencial e insubstituível. E um bocado mentiroso. 

7 comentários:

  1. Lembro. E tem descendentes por lá...por Fafe, quero dizer. Pelo menos.

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  2. Ahhh, a guerra parou porque ele trouxe a chave do paiol.

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    1. Continuas a surpreender-me, Pedro. Não fazia ideia da tua atenção às pequenas estórias de Fafe daquele tempo. Pensava que era só eu...

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    2. Oh meu amigo, lembro de coisas do arco da velha...pouca gente lembra, por exemplo, do tempo em que o meu tio Berto foi dono do Peludo...

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    3. E, episodicamente, do bar do Jardim, numa espécie de sociedade com o Mecas...

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  3. ...ou do "Homem mais forte do mundo", que segurava um carro com os dentes...

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    1. Pronto, vou ter mesmo de contar essa, um destes dias, com pormenores que tu se calhar não sabes. Ia sendo uma tragédia no Santo Velho...

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