terça-feira, 25 de março de 2025

Era uma música muito estranha

Uma vez, há muitos anos, levaram-me a uma espécie de concerto no auditório do Conservatório de Música de Braga. Eu estava no seminário, teria no máximo os meus dezasseis anos e portanto que remédio. Fomos talvez para compor a sala, não faço ideia. E aquilo foi muito chato, não é para me gabar. Pela primeira vez na vida ouvi Béla Bartók, por interposta pessoa, e Cândido Lima, por ele próprio, creio que também com direito a comentários, ainda por cima. Saí de lá muito zangado com a padralhada e convencidíssimo de que o que acabara de ouvir não era música, até porque já tinha aprendido nas aulas que "música é um conjunto de sons agradáveis aos ouvidos", e na verdade eu vim cá para fora com as orelhas todas fodidas. Que se segue? Hoje é Dia Internacional da Música Estranha e eu lembrei-me deste lamentável episódio, que me marcou como ferro em brasa até aos dias de hoje. Devo acrescentar em minha defesa que entretanto mudei de opinião a respeito daquela, digamos assim, especialidade musical. Mas apenas um bocadinho...

P.S. - Béla Bartók, compositor, pianista e musicólogo húngaro, autor de "Concerto para Orquestra", "O Mandarim Maravilhoso" e "O Castelo de Barba Azul", nasceu no dia 25 de Março de 1881.

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