A comunicação social portuguesa ficou em choque: um annus horribilis para os artistas, sim os artistas, uma desgraça para a arte, sim a arte. Deus nos abençoe, proteja e guarde! E escreveu-se, e escreveu-se, e escreveu-se. Os nossos jornalistas iam falecendo também, esparramados de desgosto...
Ora, artistas - em bom e antigo português - são igualmente e por maioria de razão os nossos trolhas, os nossos pedreiros e os nossos carpinteiros, por exemplo. Artistas, assim se dizia em Fafe e eu continuo a dizer. Quanto mais não seja, em memória do meu querido avô de Basto, mestre pedreiro de categoria, e em homenagem ao meu querido tio Zé de Basto, filho do avô do Basto, competente fazedor de casas e anexos. Artistas, os dois, como os admiro! Conversei na ocasião com Albano Ribeiro, o eterno presidente do Sindicato da Construção de Portugal, que me contou o seguinte:
Trinta e nove (39) operários da construção civil morreram a trabalhar, em Portugal, naquele ano. E, em quatro meses, morreram seis (6) trabalhadores portugueses em obras por essa Europa fora, número grande em tempo de drástica redução de empreitadas e ainda sem estádios para construir no Catar.
Albano Ribeiro queria falar com os senhores jornalistas acerca deste e de outros assuntos relativos aos nossos artistas. Convidou a comunicação social portuguesa para uma conferência de imprensa que deveria realizar-se numa sexta-feira a uma hora cómoda. Ninguém apareceu. Os senhores jornalistas tinham mais que fazer...
Albano Ribeiro queria falar com os senhores jornalistas acerca deste e de outros assuntos relativos aos nossos artistas. Convidou a comunicação social portuguesa para uma conferência de imprensa que deveria realizar-se numa sexta-feira a uma hora cómoda. Ninguém apareceu. Os senhores jornalistas tinham mais que fazer...
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