"Somos menos e estamos mais velhos, casamos pouco e continuamos pobres" - assim curto e grosso, este é o "Retrato de Portugal" que a Pordata, base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, fez questão de revelar aos jornais aqui atrasado.
Fico sempre de pé atrás com esta coisa do "somos" sem me terem perguntado nada. Lembra-me a história do frango para dois que um comeu e o outro viu comer, e portanto, estatisticamente, cada qual comeu metade.
Resolvi por isso esmiuçar, item por item, as grandes conclusões dos dados analisados, que reportavam aos anos de 2007 a 2018. E então: somos menos? Somos. O meu sogro morreu há coisa de cinco anos. Estamos mais velhos? Estamos. À média de um ano por ano, excepto as mulheres do sexo feminino. Casamos pouco? Pois casamos, mas aí a culpa é particularmente minha, que só casei uma vez. Continuamos pobres? Cada vez mais, mas alegres, e seja por alma de quem lá têm. E a minha decisão é: ora aqui está um estudo que finalmente realmente.
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