quarta-feira, 19 de março de 2025

Era de rir

Foto Tarrenego!

Éramos assim. No nosso pequeno quintal da casinha do Santo Velho, a minha mãe, o meu pai, a minha irmã Nanda, o meu irmão Nelo e eu, que sou o Nane. Falta o meu irmão Lando, porque começa por L e ainda não tinha nascido, mas estão a Mila e a Dulce, que não começam por N nem por L e eram como se fossem da família. Ser-se da minha família era fácil. Bastava andar por ali, bater à porta, que na verdade estava sempre aberta menos à noite. E só era preciso saber rir, gostar de rir, precisar de rir. Éramos pobres, mas com o meu pai ninguém ficava fora do retrato. Ele é que deixou de aparecer, derivado a razão de força maior.

P.S. - Sobre o meu pai, mais para ler, caso interesse, aqui, aqui, aquiaqui, aqui, aqui e aqui. Ou, mais fácil ainda, basta carregar na etiqueta "série O meu pai".

Sem comentários:

Enviar um comentário

A munha e o munho

Os colchões eram cheios com palha ou folhelho. E as almofadas enchiam-se com munha. Isso mesmo, munha, restos de palha moída depois de malha...