quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Fulanos, sopranos e beltranos

Foto Hernâni Von Doellinger
Os sopranos têm, por definição, o tom de voz mais agudo e com mais alcance de mulher ou de rapaz muito novo. Se os sopranos forem homens, os puristas preferem chamar-lhes contratenores, que há quem confunda com contentores. Os sopranos dividem-se essencialmente em sete partes: soprano ligeiro, soprano lírico-ligeiro, soprano lírico, soprano lírico-spinto, soprano lírico-dramático, soprano dramático e soprano ultraligeiro. Também podem ser saxofones ou clarinetes, por exemplo, amiúde utilizados no jazz. Nos Estados Unidos, os Sopranos ainda piam mais fino: são mais que as mães, maus como as cobras e convictos frequentadores de meretrizes. São extremamente mafiosos e profundos conhecedores, estes sim, de contentores, blocos de cimento, peixes e rios, para além de cabeças de cavalo, que há quem confunda com cabeças de cavala. De escabeche. Quando inadvertidamente apanhados por famílias inimigas, liquidados e desmembrados como manda a lei, os Sopranos são chamados, por divertimento, meios-sopranos. Os Sopranos americanos fizeram uma excelente série de televisão e posteriormente derem em filme, que deveria ter por título, corrigido, digo eu, "Os Contratenores". O melhor Soprano do mundo (portanto, o pior) chamava-se Tony e padecia de ansiedade.

Hoje é Dia do Saxofone, em homenagem ao inventor deste instrumento musical, o belga Adolphe Joseph Sax, que nasceu no dia 6 de Novembro de 1814. Como já aqui contei, o meu pai era músico e tocava saxofone na Banda de Revelhe. Isto antes de ir para França. O que não tinha contado é que o meu irmão Orlando também. Também foi músico e também tocou saxofone na Banda de Revelhe. Isto antes de se dedicar a outros consertos.

P.S. - Hoje é Dia do Saxofone.

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