domingo, 8 de outubro de 2023
O Nobel de Lobo Antunes
Este ano também não. Era na quinta-feira, andava a roda do Prémio Nobel da Literatura 2023, número sem bissextices, fácil, tão ao nosso feitio comum, mas nem assim. António Lobo Antunes, nada, nem sequer a terminação, e nós com o feriado já em andamento. Um desperdício. Cada vez mais acredito que os membros da Academia Sueca jogam muito bem às cartas mas não lêem, consomem briefings de modas políticas e tendências sociológicas, emborcam uns brännvins, e depois - bêbados, de olhos vendados e de costas - atiram um dardo ao mapa-múndi e onde calhar calhou. Já disse que cada vez mais, não disse? Pois então repito: cada vez mais estou como o nosso Lobo Antunes - quero que o Nobel se foda. E se a puta da seta com o prémio, para o ano, acertar aos trambolhões na minha casa ou em alguma das propriedades que eu por acaso não tenho em Fafe, eu não estou, eu não quero. E em Fafe não falta quem realmente mereça...
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