Leio no Expresso de Fafe que "o momento é de homenagem aos casais que celebraram ao longo de 2023 especiais bodas matrimoniais (25, 50, 60 ou mais anos) e também àqueles que casaram catolicamente ao longo deste ano."
Faz-me espécie, isso de o sucesso do casamento ser medido em quantidade e não em qualidade, em felicidade. Isso de o casamento só contar da porta para fora, isso de o casamento ser bom desde que dure muitos anos - ainda que seja uma merda, violento, encornado, infeliz, um inferno, como se Deus nos quisesse assim desgraçados, e não quer. Isso do incenso pacóvio aos que "casaram catolicamente", mas que raio de expressão, e parece que são melhores do que os outros casais, e não são.
E sobretudo faz-me espécie isso de o convidado especial da quermesse ser o Sr. José Cordeiro, que tem 56 anos e é solteiro. Em princípio. Catolicamente solteiro. O que sabe ele de casamento?
Já que a mim, em Fafe, ninguém me chama, eu que conto com uma experiência de mais de quarenta anos ao serviço do casamento, isto é, a casar desde 1981, e sempre com a mesma mulher, realmente uma extravagância na minha profissão, já que o Arciprestado e respectivo Município desconsideram o saber feito deste humilde fafense amiúde católico e quiçá esdrúxulo mas ainda assim tão à mão e em conta - bastava mandarem-me o dinheiro para o bilhete da camioneta, ida e volta -, ao menos então, se o assunto é matrimónio, que convidassem o Sr. Pinto da Costa ou alguém de traquejo e gabarito similares, como, por exemplo, o Sr. José Cid ou o Sr. Pedro Santana Lopes, ou, isso meu Deus é que seria de arromba, a Sra. D. Luciana Abreu.
Podiam convidar-me a mim também, haja visto que tenho vaste experiência nos 4 que tive. Para já...
ResponderEliminarOlha, vais bem lançado. O recorde parece que está em 31...
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