P.S. - Publicado originalmente no meu blogue Mistérios de Fafe.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
No tempo das recularias
Ia-se às compras, por exemplo. Encontrava-se uma pechincha, coisa escandalosamente barata, e dizia-se que custava uma recularia. Era-se chamado a casa de alguém para ajeitar o telhado, levava-se preço de amigo, de vizinho, só para beber um copo, o arranjo ficava, então, por uma recularia. Isso, recularia. Pouco, poucochinho, coisa de nada, sem importância, quantia ou coisa mínima, de pouco valor, insignificância, ninharia, quer-se dizer, ridicularia. Sim, ridicularia. Talvez a nossa recularia não passasse, não passe, de facto, de uma habilidosa corruptela e simplificação de ridicularia, para evitar vergonhas com acrobacias vocais. Talvez. Na Madeira, segundo julgo saber, há quem diga ricularia. Mas recularia soa-me bem. O povo pode ser linguisticamente preguiçoso, mas não é tolo: e, em Fafe e arredores, recularia ficou.
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